ATA DA VIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 19-4-2004.
Aos dezenove dias do mês de abril de dois mil e
quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo
respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos
Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete
Moraes, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Beto Moesch, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Helena Bonumá, Isaac
Ainhorn, João Bosco Vaz, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal,
Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a
existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e determinou
a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Décima Primeira Sessão
Ordinária e da Oitava e Nona Sessões Solenes que, juntamente com as Atas da
Sétima Sessão Solene e da Primeira Sessão Especial, foram aprovadas. À MESA,
foram encaminhados: pelo Vereador Cláudio Sebenelo, os Pedidos de Providências
nos 820 e 825/04 (Processos nos 2147 e 2185/04, respectivamente); pelo Vereador
Isaac Ainhorn, os Pedidos de Providências nos 794 e 817/04 (Processos nos 2097
e 2133/04, respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de
Providências nos 688 e 795/04 (Processos nos 1848 e 2098/04, respectivamente);
pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 821 e 822/04
(Processos nos 2164 e 2165/04, respectivamente), o Pedido de Informações nº
056/04 (Processo nº 2138/04), a Indicação nº 016/04 (Processo nº 2194/04) e o
Projeto de Lei do Legislativo nº 083/04 (Processo nº 2005/04); pelo Vereador
Nereu D’Avila, o Pedido de Informações nº 051/04 (Processo nº 1891/04); pelo
Vereador Reginaldo Pujol, os Projetos de Resolução nos 064 e 065/04 (Processos
nos 2045 e 2046/04, respectivamente); pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos
de Providências nos 798, 799, 800, 801, 802, 803, 804 e 806/04 (Processos nos
2106, 2108, 2109, 2110, 2112, 2113, 2114 e 2116/04, respectivamente); pelo
Vereador Valdir Caetano, os Pedidos de Providências nos 604 e 605/04 (Processos
nos 1730 e 1731/04, respectivamente). Também, foram apregoados os seguintes
Ofícios, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 160/04,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 009/04 (Processo nº 2158/04), e
de nº 167/04, encaminhando os Relatórios de Atividades da Administração
Centralizada do Município, do Departamento Municipal de Água e Esgotos - DMAE,
do Departamento Municipal de Habitação - DEMHAB, do Departamento Municipal de
Limpeza Urbana - DMLU, da Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC, da
Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre – PROCEMPA, da
Companhia Carris Porto-Alegrense e do Departamento Municipal de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA. Ainda, foi
apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Maria Celeste, deferido pela
Senhora Presidenta, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do
Legislativo nº 113/03 (Processo nº 2452/03). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios
nos 154, 155, 156, 157 e 158/04, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre;
4200/04, do Senhor Jader Branco Cavalheiro, Diretor de Controle e Fiscalização
do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Após, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Selene Barbosa
Michielim Rodrigues, Secretária-Geral do Centro dos Professores do Estado do
Rio Grande do Sul – CPERS/Sindicato, que discorreu sobre a importância das
conquistas históricas obtidas pelo CPERS, ressaltando a postura da entidade na
discussão das remunerações pagas pelo Governo Estadual. Também, agradeceu a
solidariedade dos Senhores Vereadores com a causa dos professores estaduais e
externou a esperança em uma sociedade que valorize a educação e a segurança
como princípios básicos da cidadania. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os Vereadores Cassiá Carpes, Nereu D'Avila, João Carlos Nedel, Raul
Carrion, Gerson Almeida, Luiz Braz, Sebastião Melo, Carlos Alberto Garcia e
Reginaldo Pujol manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Na oportunidade, o Vereador Pedro Américo Leal manifestou-se acerca das
comemorações, hoje, do sexagésimo aniversário do Hospital de Pronto Socorro de
Porto Alegre – HPS. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje
destinado a assinalar o transcurso do vigésimo aniversário do movimento das Diretas
Já, nos termos do Requerimento nº 020/04 (Processo nº 0565/04), de autoria do
Vereador Cassiá Carpes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nereu D’Avila
comentou os cento e vinte e um anos, comemorados hoje, do nascimento do
ex-Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas, enaltecendo a trajetória pública
desse político e comentando passagens de discurso realizado por Sua Senhoria em
mil novecentos e seis. Ainda, definiu Getúlio Vargas como um dos grandes homens
da história, afirmando que ele nunca será esquecido pelo povo brasileiro. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Cassiá Carpes relatou sua participação no comício das
Diretas Já, ocorrido em treze de abril de mil novecentos e oitenta e quatro, ressaltando
que esse evento foi determinante para o fim da repressão no Brasil. Nesse
sentido, destacou como positiva a vigilância que a imprensa exerce sobre o
Poder Público no País e declarou que alguns parlamentares se valeram da censura
imposta durante o Regime Militar para cometer atos ilícitos. O Vereador João
Antonio Dib sustentou a retirada de tramitação, por parte do Executivo
Municipal, do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, afirmando
que, apesar de existir Medida Provisória prevendo alíquota de onze por cento de
contribuição previdenciária, o Congresso Nacional pode alterar essa disposição
legal. Sobre o assunto, criticou o Executivo Municipal, sustentando não ser
justo que os servidores municipais assumam o déficit nas contas do PREVIMPA. A
Vereadora Maristela Maffei referiu-se à paralisação do magistério estadual,
externando a opinião de que greves e manifestações de desagrado por parte da
população fazem parte da democracia e justificando que, nesse aspecto, é
necessário respeitar as opções partidárias das pessoas. Também, censurou o
Governo Estadual pela concessão de incentivos fiscais a grandes empresas,
lembrando dívidas pagas pelo ex-Governador Olívio Dutra, legadas de outras
administrações. A Vereadora Helena Bonumá elogiou a atual situação do
CPERS/Sindicato, destacando como legítima as reivindicações dos professores estaduais.
Ainda, repudiou o fato de os movimentos sociais terem sido tratados historicamente
como caso de polícia no País e reprovou a privatização de serviços essenciais
durante Governos anteriores no Brasil, posicionando-se contrariamente ao Plano
de Demissões Voluntárias do ex-Governador Estadual Antônio Britto. O Vereador
Beto Moesch parabenizou o Núcleo de Estudos de Teatro e Dança de Porto Alegre,
pelo recebimento do Prêmio de Criação Teatral Volkswagen, destacando que essa
vitória é motivo de orgulho para a Cidade e demonstra a força da cultura em
nosso Estado. Ainda, saudou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pelo
lançamento de selo com o tema “água potável”, o qual objetiva conscientizar a
população quanto à necessidade de preservação da água. O Vereador Carlos
Alberto Garcia louvou decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que extinguiu a possibilidade de
adoção de idioma único no concurso vestibular dessa universidade. Também,
declarou que a empresa “Bom Conserto” está aplicando golpe na Zona Sul de Porto
Alegre, o qual consiste em provocar avarias em porteiros eletrônicos daquela
localidade e, posteriormente, oferecer serviços para conserto dessas avarias. O
Vereador Guilherme Barbosa analisando diferentes aspectos que integram um
movimento grevista, relembrou o período em que participou das lutas sindicais
junto à Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Finalizando, traçou
paralelo entre a atual política de pessoal vigente no Município e aquela
vivenciada pelos municipários durante o período em que o Senhor Alceu Collares
esteve à frente da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e
trinta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quinze horas e trinta e cinco minutos, constatada a existência de
quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 001/00, 006, 064 e 071/04, discutidos pelo Vereador João
Antonio Dib, 007 e 008/04, discutidos pelos Vereadores João Antonio Dib e
Sebastião Melo; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
025/97, discutido pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Guilherme Barbosa, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 078/91, discutido pelos Vereadores Sebastião
Melo e Guilherme Barbosa, 073, 077 e 072/04, este discutido pelo Vereador Reginaldo
Pujol; em 3ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 001/04, discutido pelo Vereador Reginaldo Pujol, os Projetos de Resolução nos
058 e 059/04, este discutido pelo Vereador Carlos Alberto Garcia. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz comentou a presença, nesta Casa, no
dia dezesseis de abril do corrente, do Senhor Arnaldo Dutra, Diretor-Geral do
Departamento Municipal de Limpeza Urbana, que prestou esclarecimentos acerca da
compra de equipamentos para coleta mecanizada do lixo em Porto Alegre. Ainda,
informou que a Licitação referente a essa compra foi suspensa por Liminar
Judicial, enfatizando a necessidade do acompanhamento do assunto por esta Casa.
O Vereador Raul Carrion registrou o transcurso, hoje, do Dia Nacional do Índio,
examinando a situação das comunidades indígenas na sociedade atual, e lembrou
que no dia dezessete de abril do corrente se completam oito anos do “massacre
de Eldorado dos Carajás”, ocasião em que foram mortos colonos sem-terra no
Estado do Pará. Finalizando, citou o Projeto de Lei do Legislativo nº 004/03,
de sua autoria, que assegura aos estudantes o direito à meia-entrada em eventos
culturais. A seguir, o Vereador Pedro Américo Leal manifestou-se, registrando o
transcurso, hoje, do Dia do Exército Brasileiro e informando que efetuará
pronunciamento a respeito no dia vinte e dois de abril do corrente. Na
oportunidade, o Vereador Elói Guimarães, presidindo os trabalhos, registrou sua
presença, hoje, nas comemorações relativas ao Dia do Exército Brasileiro. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Beto Moesch aludiu à passagem, hoje, do Dia do
Exército Brasileiro, do Dia do Índio e dos sessenta anos do Hospital de Pronto
Socorro de Porto Alegre. Ainda, referindo-se ao pronunciamento do Vereador Luiz
Braz, acerca de Projeto do Executivo para automatização do serviço de coleta de
lixo na Cidade, destacou que alterações dessa natureza exigem a ouvida da
sociedade e uma análise aprofundada da matéria por esta Casa. O Vereador Elói
Guimarães expressou-se acerca de reunião da Comissão de Constituição e Justiça
com o Diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, para debate de
aspectos econômicos, culturais e sociais envolvidos no Projeto do Executivo
Municipal, de automatização do serviço de coleta de lixo. Sobre o tema, atentou
para possíveis conseqüências dessa automatização, como desemprego e transtornos
resultantes da colocação de contêineres em
ruas e passeios públicos. O Vereador Sebastião Melo comunicou que parlamentares
do Partido dos Trabalhadores estão reservando muros da Cidade para colocação de
propaganda eleitoral e contestou o uso, pelo Governo do Município, de verbas
públicas em publicidade e propaganda. Também, questionou a possibilidade de
mecanização do processo de coleta de lixo, avaliando aspectos referentes à
legalidade e aos prazos de pagamentos dos equipamentos exigidos por essa
mecanização. A Vereadora Clênia Maranhão abordou questões atinentes à evolução,
ao longo dos tempo, das diretrizes públicas brasileiras relativas às populações
indígenas, afirmando que a ausência de políticas de respeito à diversidade
cultural relega essas comunidades à miséria e à perda de sua história e dos
costumes de seus ancestrais. Igualmente, criticou a forma como foi encaminhada,
pelo Governo Municipal, a retirada de grupos indígenas caingangues que ocuparam
áreas do Morro do Osso. O Vereador Carlos Alberto Garcia discorreu sobre
debates realizados pelo Partido Socialista Brasleiro, no dia dezenove de abril
do corrente, de análise das questões do Município, com vistas à elaboração de
Projetos a serem defendidos pelo Deputado Beto Albuquerque como candidato ao
cargo de Prefeito nas próximas eleições. Nesse sentido, expôs propostas
apresentadas na ocasião, pertinentes ao sistema viário e às áreas habitacional
e de assistência social de Porto Alegre. O Vereador Guilherme Barbosa
reportou-se ao pronunciamento de hoje da Vereadora Clênia Maranhão, afirmando
que Porto Alegre possui efetivamente políticas direcionadas às comunidades
indígenas e que esses grupos recebem a devida atenção por parte dos órgãos
públicos municipais. Ainda, asseverou que o Partido dos Trabalhadores cassará a
Liminar Judicial que suspendeu Licitação do Governo Municipal, de compra de
equipamentos automatizados de coleta de lixo na Cidade. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e, face Questão de Ordem
formulada pelo Vereador Sebastião Melo, a Senhora Presidenta prestou
esclarecimentos acerca da ordem de apreciação das matérias constantes na Ordem
do Dia. Também, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, solicitando
a distribuição, com a devida antecedência, das alterações feitas em decorrência
de acordo entre Líderes de Bancadas, na ordem de apreciação das matérias
constantes na Ordem do Dia. Às dezesseis horas e cinqüenta e oito minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas,
constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento
verbal do Vereador Beto Moesch, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Na oportunidade, face Questões de Ordem e
manifestações formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo e Carlos Pestana, a Senhora
Presidenta prestou esclarecimentos acerca do teor do Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 002/03. Em Votação Nominal, 1º Turno, foi aprovado o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 002/03, com ressalva da Emenda a ele aposta, por vinte
e cinco votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Isaac
Ainhorn e João Carlos Nedel, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá
Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 002/03, por vinte e quatro votos SIM e dois votos NÃO, tendo votado Sim os
Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana,
Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gerson
Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo e
Sofia Cavedon e Não os Vereadores Cláudio Sebenelo e Luiz Braz. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 452/03. Na
ocasião, o Vereador Isaac Ainhorn formulou Requerimento verbal, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo o
Vereador Carlos Pestana manifestado-se e a Senhora Presidenta prestado
esclarecimentos acerca do assunto. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 439/03, o Projeto de Lei do
Executivo nº 048/03 e os Projetos de Lei do Legislativo nos 413, 426, 434, 404,
193 e 367/03. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 006/03, por vinte e um votos SIM, dois votos NÃO e duas
ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião Melo e Guilherme
Barbosa, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado
Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos
Pestana, Elias Vidal, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac
Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol,
Renato Guimarães, Sofia Cavedon e Wilton Araújo, Não os Vereadores Haroldo de
Souza e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Dr. Goulart
e João Bosco Vaz. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução
nº 043/04 e o Projeto de Lei do Executivo nº 005/04. Após, foi aprovado
Requerimento verbal de autoria do Vereador Isaac Ainhorn, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 384/03. Após, foi
aprovado Requerimento s/nº (Processo nº 2673/03 - Indicação da Senhora Maria
Lourdes Borba Bastiani como representante deste Legislativo junto ao Conselho
Municipal de Saúde), de autoria da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Na
oportunidade, face Questão de Ordem e manifestação do Vereador Reginaldo Pujol,
a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da votação do Requerimento
s/nº anteriormente aprovado. A seguir, foram aprovados os Requerimentos de nº 078/04
(Processo nº 2163/04 - Realização de Sessão Solene para homenagear o Dia do
Trabalhador), de autoria da Mesa Diretora, e de nº 057/04 (Processo nº 1437/04
- Período de Comunicações para homenagear os cinqüenta anos da criação da
Escola Municipal Liberato Salzano Vieira da Cunha), de autoria da Vereadora
Maria Celeste. Na ocasião, face Questões de Ordem e manifestações dos
Vereadores Renato Guimarães e Luiz Braz, a Senhora Presidenta prestou
esclarecimentos acerca da ementa do Requerimento nº 078/04. Em prosseguimento,
foram aprovados os seguintes Requerimentos: de nº 065/04 (Processo nº 1758/03 -
Período de Comunicações para homenagear o centenário da Igreja Adventista do
Sétimo Dia), de autoria do Vereador Elias Vidal; de nº 072/04 (Processo nº
1995/04 - Período de Grande Expediente para homenagear o Serviço de Saúde
Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição), de autoria do Vereador Renato
Guimarães; de nº 071/04 (Processo nº 1993/04 - Realização de Sessão Solene para
homenagear os cinqüenta anos da Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer),
de autoria da Vereadora Sofia Cavedon; de nº 067/04 (Processo nº 1954/04 -
Período de Grande Expediente para homenagear o sexto aniversário da Loja
Maçônica Obreiros da Arte Real), de autoria do Vereador Dr. Goulart; de nº
077/04 (Processo nº 2127/04 - Período de Comunicações para homenagear o
transcurso do décimo sexto aniversário do Programa Social Educativo de
Profissionalização de Adolescentes, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul -
PROSEPA), de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia; de nº 069/04 (Processo
nº 1975/04 – Moção de Solidariedade ao Governo Brasileiro, por sua atitude
altiva e soberana frente às pressões norte-americanas no sentido de que aceite
inspeções similares às realizadas no Iraque), de autoria do Vereador Raul
Carrion. Às dezessete horas e cinqüenta minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e cinqüenta e um
minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi aprovado Requerimento verbal
de autoria do Vereador Beto Moesch, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo o Vereador Renato
Guimarães manifestado-se sobre o assunto. A seguir, foi aprovado o Requerimento
nº 061/04 (Processo nº 1470/04 – Requer seja convidado o Senhor João Motta,
Diretor-Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, para expor os motivos
que levaram à transferência de serviços médicos para o Hospital Fêmina), de
autoria do Vereador Cláudio Sebenelo. Às dezessete horas e cinqüenta e três
minutos, constatada a inexistência de quórum, a Senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quinta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelos Vereadores Elói Guimarães e
Ervino Besson e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel e Ervino Besson.
Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim
e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à
A Srª Selene Michielim Rodrigues, professora,
Secretária-Geral do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul -
CPERS/Sindicato -, está com a palavra para tratar de assunto relativo à
situação da Educação no Estado, pelo tempo regimental de 10 minutos.
A SRA. SELENE
MICHIELIM RODRIGUES: Boa-tarde à direção da Mesa, aos
Vereadores, a esta platéia que nos assiste. Queremos, em primeiro lugar,
agradecer este espaço, um espaço muito importante para nós neste momento.
Embora o CPERS/Sindicato seja um sindicato de base estadual, ele tem grande
representação no Município, e a Câmara de Vereadores é sempre uma formadora de
opinião, principalmente a Câmara de Porto Alegre com seus Vereadores -
formadores de opinião para todo o Estado.
Nós não queremos, neste momento em que
estamos vivendo uma mobilização, vir aqui falar apenas da mobilização recente
desta categoria, não queremos usar o espaço somente para isso, mas para situar
o papel que do CPERS/Sindicato na sociedade. É um Sindicato que tem sua luta
histórica por uma sociedade mais justa, pela inclusão social, pela democracia
neste País; um Sindicato que conseguiu, com a sua posição, estar presente nas
Diretas Já, na Constituinte de 1988, na Constituinte de 1989 aqui no Estado, na
campanha da ética na política; um Sindicato que, com seu poder de luta,
conseguiu um repasse de 35% das verbas para a Educação deste Estado; um
Sindicato que conseguiu o repasse direto das verbas para as escolas e que
conseguiu dar dinâmica à merenda escolar neste Estado e é um Sindicato que tem
também, com a sociedade, uma relação privilegiando os pais dos nossos alunos
que, em geral, são os trabalhadores deste Estado. Essa opção, no entanto,
estabelece limites com parte da sociedade que ainda acha que não se deve ter um
corte de classe, que não se deve defender os agricultores, que não se deve
defender os desempregados, que não se deve defender os sem-terra. Nossa
educação acontece num contexto de concentração de renda, de concentração de
terra e de concentração de informação. E, apesar das pressões que o Sindicato
sofre para que se ocupe apenas da sala de aula, é um Sindicato que expressa, para
a sociedade, uma posição pública de pautas importantes.
E a mobilização que estamos vivendo,
neste momento, tem um papel fundamental na história deste Estado; é um momento
em que trazemos para discussão vários instrumentos. Estamos discutindo a
relação entre o maior e o menor salário neste Estado. Estamos discutindo a
priorização da relação do Estado com a União e com os Municípios. Estamos
discutindo a democracia na escola e no sistema.
Evidentemente, o papel do Sindicato de
uma sociedade que elege a escola para conquistar a sua cidadania é de lutar
para que os seus educadores tenham condições de se dedicarem exclusivamente ao
seu trabalho - e dedicar-se exclusivamente ao seu trabalho significa ter
condições dignas de trabalho, ter remuneração digna - e que possam também estar
constantemente se atualizando.
Pedimos desculpas pela ausência da Professora Juçara, que
deveria estar aqui neste momento, mas ocorre que coincidiu esta agenda com uma
audiência no Palácio, onde pessoas do Interior também estão presentes e teriam
dificuldades se mudássemos, então, o horário da pauta.
Mas quero dizer também que o momento
dessa audiência é um momento muito pensado, um momento muito maduro desta
categoria e que tem o respaldo do seu movimento; é um momento em que o CPERS/Sindicato
dá o primeiro passo para que haja, efetivamente, negociação. Está, neste
momento, no Palácio Piratini, levando uma contraproposta para o Governo do
Estado. Por isso, então, a nossa Presidente não está presente.
Estamos presentes com vários colegas que
participam da direção, do comando, trazendo, então, este recado para os Srs.
Vereadores, porque, com certeza, são as vozes de muitos que, neste momento,
gostariam de estar aqui representados. Esperamos, então, que haja compreensão
dos senhores e queremos agradecer também ao Ver. Gerson Almeida, o propositor
deste momento tão importante para nós como Sindicato, como educadores, que
estamos preocupados, sim, com uma outra sociedade que, realmente, priorize a
educação, a segurança, todos aqueles problemas sociais sobre os quais todos nós
estamos acostumados a ouvir. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu convido a
Professora Selene a fazer parte da Mesa.
O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, quero saudar a Professora
Selene neste ato, aqui, que vem aproveitar o espaço no Legislativo Municipal.
Nós entendemos, o Partido Trabalhista Brasileiro entende que é um momento de
bom-senso, um momento de conversação, um momento de diálogo para que possamos
resolver essa situação, que não é só do Governo Rigotto.
Já foi de outros Governos, já sabemos e,
conseqüentemente, nós esperamos que o bom-senso e o diálogo possam, neste momento
tão importante da vida dos alunos, dos pais, fazer com que tenhamos as escolas
abertas e, sem dúvida, os professores reconhecidos.
Eu entendo, o Partido Trabalhista
Brasileiro entende, também, que o professor deve ser, sim, valorizado; deve ter
condições de trabalho para que a nossa adolescência, a juventude, os nossos
filhos tenham professores qualificados, professores satisfeitos, professores
que possam, realmente, na sociedade, com a família, fazer um grande trabalho.
Eu reconheço que V. Sas não têm, hoje, uma estrutura fundamental de
capacidade para, dentro dessas conjunturas - nacional, estadual e municipal -,
trazer uma solidificação maior à sociedade no sentido de reconhecimento pleno
do trabalho de vocês.
Portanto, eu quero deixar aqui o meu abraço,
esperando que haja, sem dúvida, bom-senso. Entendemos que são justas as
reivindicações, mas que, neste momento, não podem prejudicar a sociedade
rio-grandense em geral. Portanto, é o desejo do Partido Trabalhista Brasileiro
e deste Líder que nós busquemos o acordo, a negociação, que seja bom para os
professores, que seja bom para o Governo, mas que seja bom para sociedade
rio-grandense e, principalmente, para os alunos. Obrigado pela sua presença,
conte com este Legislativo.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. NEREU D'AVILA: Prezada Presidenta Margarete Moraes, Srª
Secretária-Geral do CPERS, que muito nos honra com sua presença aqui na nossa
Câmara, nesta tarde. Sem dúvida, a Tribuna Popular é uma conquista avançada da
população, que expressa aqui, perante os Vereadores, os seus pensamentos por
mais polêmicos ou contraditórios que sejam. Nós acompanhamos, como de resto
toda a sociedade gaúcha, com muita expectativa o desdobramento da greve do
Magistério. É evidente que ninguém nega o valor extraordinário do Magistério
gaúcho. Aliás, nós do PDT somos catedráticos nessa situação, desde que os
Governos trabalhistas sempre tiveram como prioridade a Educação.
Queremos dizer que o momento histórico
que o Rio Grande vive, inclusive parcelando e trabalhando com as maiores
dificuldades para o pagamento do funcionalismo, é evidente que atinge o Rio
Grande em geral, a sua sociedade em geral, as suas forças produtivas em geral.
Então, é necessário que todos tenhamos essa visão clara do momento histórico
pelo qual o Rio Grande passa, embora reconhecendo as dificuldades que o
Magistério tem - é evidente que as tem -, que outros setores também têm, como a
Saúde, por exemplo. Então, tem de partir-se, evidentemente, para um diálogo que
não prejudique, por exemplo, o bom andamento do desdobramento da Educação e do
ensino aos nossos alunos.
A proposta foi feita pelo próprio
Governador Rigotto, de que, se houver aumento da arrecadação ou qualquer
vislumbre, mesmo das verbas federais, as quais temos direito - que não nos têm
sido repassadas -, se houver aporte suficiente, é evidente que o Governador não
terá problema em começar a atender às reivindicações do Magistério. Agora, no
momento atual, quando o próprio funcionalismo está com dificuldades em receber,
vamos reconhecer que as dificuldades são reais e não apenas fictícias.
Portanto, fique com a certeza de que
todos estamos positivamente torcendo para que o Magistério possa obter algumas
das suas propostas; agora, levando em consideração a realidade do Estado,
porque senão fica-se numa situação de querer algo que - sabe-se - não pode ser
concedido. Temos de enfrentar o realismo.
O Magistério tem de ser reconhecido, não vou falar em cifras
nem em percentuais, pois são questões que as próprias partes têm de resolver,
mas fique com a certeza de que a luta e a postura do CPERS são válidas. Mas
precisamos de realismo político, não podemos fugir daquilo que é real, palpável,
que é a trágica situação financeira do Rio Grande neste momento. Ficamos muito
contentes com a sua presença aqui. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Nereu
D’Avila.
O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidenta, em nome do Partido
Progressista - Vereadores João Antonio Dib, Beto Moesch, Pedro Américo e este
Vereador - damos as boas-vindas à Professora Selene que, neste ato, representa
o CPERS.
Nós achamos que o Estado do Rio Grande do
Sul vive um momento de extrema dificuldade. Achamos que a crise é, realmente,
estrutural. Assistimos, recentemente, à impossibilidade de o Governo pagar em
dia os salários de todos os funcionários públicos do nosso Estado e achamos
muito difícil, num momento em que o Estado não tem dinheiro para pagar em dia
aos seus funcionários, que uma categoria entre em greve pedindo aumento de
salário. No meu entendimento, houve uma precipitação, houve uma falta de
diálogo, e com isso as 3.041 escolas do nosso Estado estão paralisadas. Um
milhão e meio de alunos estão sem aula, prejudicando toda a sociedade.
A Professora Selene falou em ética, falou
em sociedade, falou em bem comum - perfeito, acho que é o que nós estamos
querendo. Em nome da Bancada do Partido Progressista, eu faço um apelo ao CPERS
pela suspensão da greve, mas não suspensão das reivindicações, que levem em
consideração a necessidade que a sociedade tem da educação.
E a educação está, hoje, nas mãos do
CPERS, e a responsabilidade por isso é muito grande. A sociedade muito espera
dessa decisão do CPERS. Sejam muito bem-vindas.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, a nossa saudação à
companheira Selene Michielim Rodrigues, representando, aqui, a Direção do
CPERS. Quero dizer que a Bancada do PCdoB homenageia uma entidade que tem uma
longa trajetória de luta, como é o CPERS - primeira categoria a fazer greve no
período da ditadura militar, categoria que nunca se dobrou, independente de
quem estivesse à frente do Governo, e que hoje luta, diferentemente do que
talvez pense o Ver. Nedel, não por aumento de salário, mas simplesmente pela
recomposição das perdas salariais passadas. Não é nenhum aumento, mais do que
isso, é uma luta para que o salário seja pago em dia; luta para que o 13º
salário seja pago. Quer dizer, nós vemos a que nível chegou a relação do
Governo do Estado com os trabalhadores, onde uma categoria tem de ir à luta
para conquistar coisas tão elementares como receber o 13º salário e o salário
em dia. Também o pagamento de promoções atrasadas, ou seja, nada novo, é só o
que já foi acordado, o que já foi acertado, que seja pago. Inclusive com
relação ao que está para trás, o CPERS chega a oferecer a possibilidade de ser
parcelado, ou seja, não se pode falar em intransigência; é uma luta justa, uma
luta necessária. A qualidade da educação está ligada à dignidade do trabalhador
da educação.
Eu queria concluir dizendo que, se o
Estado está falido - e realmente está falido -, é preciso que olhem por que ele
está falido. Isso é decorrência exatamente dos pseudo-salvadores que aplicaram
o projeto neoliberal neste Estado, que venderam tudo o que podiam vender, que
endividaram o Estado, que partiram para a guerra fiscal, que fazem renúncia
fiscal, que fazem anistia para os devedores e, finalmente, uma inversão de
prioridades. Passa a ser prioritário pagar aos fornecedores, pagar aos
empresários que prestam serviço e a última prioridade são os trabalhadores.
Por isso a solidariedade do PCdoB a essa
luta, nessa justa luta, lamentando, evidentemente, o prejuízo das famílias, mas
entendendo que, a longo prazo, também para os jovens, para os estudantes é
necessária a qualificação da situação dos professores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Gerson Almeida
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
Eu pediria silêncio aos ocupantes do
plenário para que o Vereador possa fazer o seu pronunciamento.
O
SR. GERSON ALMEIDA: Eu queria cumprimentar a Professora
Selene Michielim Rodrigues em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, por
anuência do nosso Líder, o Ver. Carlos Pestana, tenho a oportunidade de falar
em nome da nossa Bancada. Seria o desejo de todos os nossos Vereadores
emprestar ao CPERS, em seu nome, nas demais professoras e dirigentes que estão
acompanhando esta Tribuna Popular agora, a nossa solidariedade ativa à luta e à
greve dos professores do Magistério Público Estadual, porque impugnar uma greve
que tão-somente exige o cumprimento de acordos já previamente realizados ou da
recomposição do poder aquisitivo dos salários parece-me que é algo que não está
dentro do ideário democrático.
Eu quero dizer também que, sim, estamos
numa crise que agora se descobriu que é estrutural no Estado do Rio Grande do
Sul, mas a forma como os Governos enfrentam essas crises mostra a natureza
desses Governos, porque ou eles enfrentam crises difíceis respeitando os
trabalhadores ou desrespeitando os trabalhadores. E parece que, ao longo dos
últimos quatro anos anteriores a este Governo, com todas as dificuldades que
houve - e não foram pequenas -, em nenhum momento se atrasaram os salários ou
se impugnaram lutas das categorias. E quero concluir, com mais um dado: os
jornais, hoje, publicam que o tipo de política que está sendo acirrada e
ampliada no atual Governo do Estado é responsável pela abdicação de duas folhas
de pagamento anuais, mais de novecentos milhões de reais que o Governo do
Estado abdica de receber aos cofres públicos em função da política de
beneficiar os grandes grupos econômicos, como o Fundopem e com renúncia fiscal.
Portanto, parece-me que aí está uma das questões-chave que justificam a
dificuldade, hoje, não de pagar aos fornecedores ou aos grandes grupos
econômicos, mas de pagar aos trabalhadores do Magistério, que cumprem um papel
fundamental para o futuro do nosso Estado. E o exemplo de 15 anos da Prefeitura
de Porto Alegre é muito gratificante para nós, da mudança de relação, de como
se trata Educação e os trabalhadores de Educação de uma experiência de Governo
e outra.
Parabéns, uma boa luta! Vocês estão
sofrendo mais duas violências: uma, quando foram agredidos pela Brigada
Militar; e a outra é quando, ainda, depois de várias semanas de greve, não
conseguiram ter uma única reunião efetiva para negociação. Então, a nossa
solidariedade ativa está emprestada. A luta do CPERS é uma luta de todos
aqueles que querem um Estado maior, melhor e democrático.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está
com a palavra, nos termos do artigo 206 do Regimento.
O
SR. LUIZ BRAZ: Verª Margarete Moraes, Presidenta desta
Casa; Srª Selene Michielim Rodrigues, para nós é sempre uma satisfação receber,
aqui, representantes de categorias da sociedade para que venham conversar com
os Vereadores, conversar com a Câmara Municipal, expor seus pensamentos. Mas é
necessário que possamos agir com muita franqueza aqui, enquanto representantes
também desta sociedade.
Nós acreditamos que o CPERS sempre foi um
organismo muito forte dentro da sociedade e nos decepcionou muito na gestão do
Governador Olívio Dutra, mesmo com a Presidente do CPERS sendo a Secretária da
Educação, nós não vimos a ação do CPERS tão forte sendo registrada como neste
momento e em momentos anteriores. Nós acreditamos que naquele instante, talvez,
o CPERS tenha perdido a sua grande função de bem representar a categoria dos
professores. Não foi exatamente uma ação igualitária num Governo e no outro
Governo, mostrando que o CPERS, muito mais do que um órgão classista, é um
órgão realmente político-partidário. Isso faz com que, neste momento, nós
possamos fazer apenas um pedido ao CPERS: não utilizem as crianças como massa
de manobra nessa luta que faz, muito ligado a um determinado Partido, muito
ligado a uma determinada corrente de pensamento e muito pouco, realmente, para
representar o pensamento dos professores. É sempre uma honra para nós
recebermos aqui qualquer representante da sociedade, mas neste instante nós
ficamos com o pedido do PSDB para que as crianças não sejam usadas como massa
de manobra.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, colegas Vereadores e
colegas Vereadoras, Srª Secretária Selene Rodrigues, a nossa saudação em nome
da Bancada do PMDB, minha e do Ver. Haroldo de Souza. Quero dizer que nós
achamos essa uma justa reivindicação; agora, quero aqui colocar nessa questão -
sei que V. Sª foi muito elegante - que as Bancadas do PT e do PCdoB enveredaram
por um campo no qual eu não gostaria de entrar.
Mas eu não tenho memória curta e, por não
ter memória curta, tenho de relembrar alguns fatos. Quero lembrar que o Governo
do Olívio antecipou o ICMS do Governo Rigotto para pagar funcionário; fez uma
negociação catastrófica das estradas federais do Rio Grande do Sul para botar
240 milhões no caixa e pagar o 13 º salário - disso eles não falam. Parece que
a crise financeira do Rio Grande do Sul começou com o Governo Rigotto. Não, ela
é histórica, vem de 1980; tem-se um déficit histórico neste Estado.
Agora quero dizer que o nosso Governo é
um Governo altamente democrático; a primeira visita que o Secretário de
Educação, José Fortunati, fez foi ao CPERS para buscar o diálogo em março de
2003, e o Sindicato de V. Sª tem colocado na rua que o Governo não tem
proposta. Tanto é verdade que tem proposta que a sua Presidenta, neste momento,
está no Palácio Piratini para fazer uma contraproposta; não se faz
contraproposta para quem não fez proposta.
Vamos reivindicar, Professora, as
reivindicações são justas, mas tenho assistido no horário do Fantástico, e as
inserções do CPERS são políticas, não são de reivindicação, elas são
político-partidárias. Eu abro o jornal Zero Hora e vejo eles lá com o megafone
com o número 13 fazendo reivindicação! Vamos parar com isso, Professora, não
está correto, essa luta não é do PT, essa luta é da sociedade!
Então, portanto, nós queremos dizer, com
muita tranqüilidade: é reivindicação justa, achamos que o Governo tem uma
proposta dentro do possível, o Governador Rigotto é um Governador do diálogo.
Achamos que essa luta é histórica, não dá para escrever a história deste País
sem a presença do CPERS em tudo aquilo que a senhora falou - das Diretas, da
Constituinte, da Anistia -, isso nós reconhecemos, devemos a vocês muitos dos
avanços que tivemos. Agora, talvez, por esse veio partidário é que 95% não
aderiu à greve, porque hoje a gente vê que 5% está em greve e 95% das escolas
não estão em greve - por esse veio partidário.
Portanto, aqui fica a nossa posição, que
achamos que é justa, correta, que tem de ter diálogo, mas, por favor, Ver.
Gerson, Ver. Carrion, vamos olhar um pouquinho no retrovisor, os senhores
parecem que não foram Governo neste Estado, deixaram este Estado em ruínas,
deixaram 4 bilhões e 700 milhões no caixa único. E sabe quanto que o Governo
Rigotto teve de pagar? Foram 10,66 mais 1,75 do acordo que os senhores fizeram
em 2001. E lá no Governo do PT - eu quero só finalizar - o CPERS faz
paralisação; no Governo dos outros, faz greve. É importante deixar isso
registrado. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto
Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Quero cumprimentar a Professora Selene,
do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul - CPERS/Sindicato.
Quero dizer da alegria e satisfação em recebê-la nesta tarde; satisfação porque
sou Professor, estou Vereador, mas sou Professor do Estado há muitos anos,
representei o 39º Núcleo. Quero dizer que a reivindicação é justa, o direito de
greve é assegurado. Na realidade, essa greve é mais um sinalizador de algo que
se busca e se quer, que é a recomposição salarial, a atualização das promoções
do Plano de Carreira. Entendemos, sim, e a sociedade sabe, o próprio CPERS sabe
das dificuldades por que passa o atual Governo. Mas eu acho que se busca, na
realidade, o diálogo, e é em cima disso que a Direção do CPERS está conversando
com o Governador. E não tenho dúvidas de que o que se busca é exatamente isso,
mostrar que o CPERS também não tem a intenção de greve, mas a greve é uma
necessidade e um sinalizador para que a recomposição salarial seja conseguida.
Parabéns por essa luta que é a nossa
luta.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Quero saudar a representante do CPERS ao
tempo que eu digo que o assunto já foi situado por todos os Partidos da Casa, e
nós não queremos nos omitir pelo Partido da Frente Liberal. Não desconhecemos a
reivindicação do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul e
estamos até, nesse particular, solidários com os estudantes que, em manifesto,
no dia 12 de abril, afirmaram com muita propriedade: "A comunidade escolar
e a sociedade não são contrárias ao reajuste salarial. Pelo contrário, com
melhores salários, a educação só tem a ganhar". Mas continua a nota da
UGES: "Essa greve organizada sem diálogo com a sociedade não agregou os
estudantes, nem os pais, nem a comunidade escolar, somente uma fração. Por não
haver um diálogo que antecedesse a greve é que somos contrários a essa atitude
unilateral que traz prejuízo ao País, aos pais, aos estudantes e à
Educação".
É um assunto polêmico, a decisão da greve
sempre é uma decisão in extremis, de
que se vale a comunidade laboral com muita freqüência. Eu acredito que tem
pertinência aqueles que, lá dentro, possuem postura diversificada em dois
momentos, parte do CPERS, mas nada disso afasta a preocupação maior. A
preocupação maior é na briga, já estabelecida entre o mar e o rochedo, que o
estudantado, as crianças e a Educação não sejam os prejudicados.
Com todo respeito de quem nunca
participou do CPERS, de quem não é professor, de quem é integrante e
representante de um segmento da sociedade, eu apelaria aos dirigentes do CPERS
que buscassem, com a mesma ênfase com que têm buscado a sua reivindicação,
encontrar outro caminho para encontrar as soluções do seu intrincado problema
diante da realidade econômica do Estado, que não fosse a manutenção da greve,
que, no meu entendimento, não foi bem acolhida pela sociedade do Rio Grande. E,
se a sociedade do Estado não apóia, evidentemente, eu não poderia estar
apoiando. Com todo o respeito, esse é o apelo que faço a V. Sª. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero agradecer a
presença da Professora Selene Michielim Rodrigues, Secretária-Geral do Centro
dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, de todos os professores e
professoras presentes, dizendo que sempre é uma honra muito grande recebê-los
nesta Casa, a Casa do Povo. Vocês são sempre bem-vindos. Muito obrigada pela
presença.
O Ver. Pedro Américo Leal está com a
palavra.
O
SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: V. Exª sabe das relações e da intimidade
que me ligam ao Pronto Socorro. Eu já me afastei dele há uns três anos, mas nem
por isso deixo de reverenciar essa organização emérita. Então, eu queria
destacar que, hoje, nós comemoramos 60 anos dessa entidade, da qual permaneço
afastado há três anos por ingratidão minha; ingratidão entre aspas, já que eu
sempre procurei cuidar muito do Pronto Socorro. V. Exª me faça esse obséquio.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa acolhe a
homenagem do Ver. Pedro Américo Leal.
Passamos às
Hoje o período de Comunicações está destinado a assinalar o
transcurso do 20º aniversário das Diretas Já, nos termos do Requerimento nº
020/04, de autoria do Ver. Cássia Carpes - Processo nº 0565/04.
O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NEREU D’AVILA: Ilustre Srª Presidenta desta Câmara,
Verª Margarete Moraes; demais Vereadoras, demais Vereadores, senhoras e
senhores, hoje é dia 19 de abril; hoje comemoraremos o nascimento do Presidente
Getúlio Vargas. Se vivo estivesse - e é uma pena que não esteja -, Getúlio
estaria completando, hoje, 121 anos de idade. Portanto, em nome da minha
Bancada, em nome do meu Partido, o PDT, do qual sou Presidente em Porto Alegre,
em nome do Partido Democrático Trabalhista, em nível regional, presidido pelo
nobre Deputado Pompeo de Mattos, queremos registrar para a história que
continuamos fiéis ao pensamento e à filosofia que Vargas nos ensejou e nos
ensinou.
Na verdade, foi Getúlio Vargas o maior político do século
XX. A história do Brasil, no século XX, é contada da seguinte maneira: antes de
Getúlio Vargas e depois de Getúlio Vargas, quando se suicidou, em 24 de agosto
de 1954.
Para que V. Exas vejam a genialidade política de
Getúlio Vargas, basta que lhes conte um fato. Em 1906, no início do século XX,
Getúlio tinha 24 anos e freqüentava a Faculdade de Direito da UFRGS, que,
aliás, muitos de nós freqüentamos, depois, com muita honra, como o Ver. Isaac
Ainhorn, eu, o Ver. Elói Guimarães e tantos outros. O Getúlio tinha 24 anos,
repito, freqüentava a Faculdade de Direito da UFRGS e, em 1906, o Presidente
recém-eleito do Brasil, Afonso Pena, visitava este Estado. Getúlio foi
escolhido para ser o orador oficial, porque já se salientava entre os seus Pares,
entre os seus colegas, como liderança natural, e foi escolhido para saudar o
então Presidente, recém-eleito, Afonso Pena.
Vou repetir: em 1906, nos albores do
século XX, eis o que disse Getúlio, entre outras coisas, num brilhantíssimo
discurso daquela época: “Quem encarar o progresso humano poderá compará-lo a
uma curva inflexível, em cujos extremos opostos se unem duas forças, ambas
perturbadoras do desenvolvimento natural da sociedade - os conservadores e os
revolucionários. O conservantismo é uma mola emperrada no funcionamento
orgânico. Aos conservadores se pode definir com a frase lapidada de Ruy
Barbosa: ‘São conchas presas às cristalizações fósseis de um mundo extinto; são
inteligências curtas presas na estreita casamata dos preconceitos, julgando que
se pode anquilosar o progresso, nas estratificações do passado’”. Olha só,
1906, começo do século, Getúlio já detecta aquilo que viria a ser a luta de
todo o século, inclusive invadindo o século XXI: a luta entre os conservadores
e os revolucionários.
Depois, foi Presidente de Estado, foi
Secretário de Estado - naquela época chamavam Presidente de Estado do Rio
Grande do Sul -, foi Ministro da Fazenda, foi Presidente, foi líder da
Revolução de 30; em 1934, foi eleito Presidente Constitucional do Brasil; em
1937, foi obrigado pelas forças revolucionárias, da esquerda e da direita, a
cancelar por um período de oito anos a democracia no Brasil e, deposto em
outubro de 1945, voltou nos braços do povo em 1950, numa campanha vitoriosa,
pelo voto direto e, finalmente, em 1954, obrigado pelas forças conservadoras,
que ele apontava, em 1906, foi obrigado - com um tiro no coração - a deixar a
vida para entrar na história.
Hoje Getúlio estaria completando 121 anos. Somente os gênios
da humanidade, como foram Mahatma Gandhi, Abraham Lincoln, Buda e grandes
líderes da humanidade e principalmente Jesus Cristo, conseguem, através dos
anos, não serem olvidados pelas gerações posteriores. Getúlio hoje seria um
homem de 121 anos, e ainda muitas das suas idéias, como a Petrobrás, que Vargas
aprofundou, concedendo ao Brasil a prioridade no seu subsolo, hoje já está
parcialmente cedida às multinacionais... Pois foi ele, através da Lei 2004, em
1953, criou o Petróleo Brasileiro S. A. - Petrobrás -, concedendo o monopólio estatal
do petróleo.
É pena que nós não possamos analisar
outros ângulos do que Getúlio deixou de bom para os seus pósteros, para todos
nós, ao longo dos seus 67 anos, quando morreu, em 1954. Agora, nós o saudamos
como se vivo estivesse hoje, dia 19 de abril, quando estaria completando 121
anos de idade. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Nereu D'Avila.
O Ver. Cassiá Carpes, proponente da homenagem dos 20 anos
das Diretas Já, está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nós não poderíamos deixar passar em branco esta data - na
realidade dia 13 de abril, mas, na semana passada, na quarta-feira não temos
Período de Comunicações e na quinta-feira não foi possível -, e,
coincidentemente, hoje, entre os oito Vereadores que estão inscritos em
Comunicações, este Vereador se encontra.
Eu fiz questão, Ver. Nereu, de que
tivéssemos hoje essa coincidência: 19 de abril, Getúlio poderia estar fazendo
121 anos, como V. Exª frisou anteriormente. Para nós deve ser, neste ano,
lembrado com toda a força. São 50 anos da morte de Getúlio. Haverá um ato em
São Borja, feito pela Assembléia Legislativa. O Deputado Vieira da Cunha levará
toda a estrutura da Assembléia para São Borja.
Portanto, hoje Getúlio faria 121 anos.
Mas naquele 13 de abril, naquele comício das Diretas, memorável, em frente à
Prefeitura, eu estava lá, há 20 anos. O Ver. Elói também estava lá. E a maioria
dos Vereadores mais antigos também estavam lá. Eu estava lá naquele momento
como Presidente do Sindicato dos Atletas do Rio Grande do Sul, num momento
difícil da vida brasileira, num momento em que nós e até os atletas sofríamos
por meio da repressão. Eu confesso que fui muito prejudicado naquela época. Eu
lembro que movimentei os atletas da dupla Gre-Nal, mas, na hora de ir para
aquele comício memorável na praça, ou em frente à Prefeitura, nós não
contávamos com, no máximo, três atletas. E eu li um manifesto em nome dos
atletas do Rio Grande do Sul.
Aquele momento foi histórico pelo medo
por que nós passávamos. Eu recordo bem. Foi um momento em que se possibilitou a
abertura democrática, que veio em 1985 eleger em mandato tampão o hoje Deputado
Federal, de 1985 a 1988, Alceu Collares, Prefeito desta Capital. Já havia ali a
democracia que possibilitou o voto livre, a escolha de seus representantes, a
imprensa livre, que poderia se manifestar, fiscalizar os atos de todos os
Poderes; esse ato de democracia em que o cidadão voltava a expressar o seu
descontentamento com a repressão e também com os políticos - muitos deles que
hoje apresentam atos de corrupção vieram daquela ditadura desgastada. Se vocês
olharem muitos políticos antigos que estão aí, verão que vieram dos resquícios
da repressão e estão, muitas vezes, até hoje comandando este País. A repressão,
portanto, começou a ser banida da vida brasileira. Pessoas foram perseguidas,
presas, políticos cassados. A partir dessa luta, os atos de corrupção começaram
a aparecer, porque a democracia tem essa conotação, de mostrar aqueles que
realmente são os corruptos, porque a imprensa se tornou cada vez mais vigilante
ao político, ao Ministério Público - por que não? -, a todos os segmentos desta
Nação.
Muitas vezes, Ver. Nereu, confunde-se o
problema policial da criminalidade com a repressão política. O problema da
criminalidade no Brasil é um problema social. O problema da corrupção na
política brasileira era encoberto pela repressão e, a partir da democracia,
podemos visualizá-lo, o povo pode votar e afastar o corrupto por meio do voto.
Antes isso não era possível. É bom relembrar que muitos, encobertos pela
repressão, enriqueceram neste País, aproveitaram-se do poder. Portanto, devemos
lembrar esse momento da luta do povo brasileiro para termos essa democracia,
que é jovem, tem somente 20 anos, e que tem de ser corrigida, aperfeiçoada,
principalmente por meio da expressão popular, do voto, no qual a mulher pode se
expressar, o jovem pode se expressar. Esta luta aqui do Previmpa, por exemplo,
é da expressão popular, da expressão democrática. Imaginem ser colocada goela
abaixo a contribuição de 11% sem a participação da sociedade, sem a
participação do funcionário público municipal!
Então, tudo o que se fala de democracia é
por aquele ato fundamental de toda a população brasileira, que se movimentou.
Depois de 20 anos de repressão, já estava esgotado o processo político daquela
forma; agora nós precisamos das prerrogativas do Legislativo, das prerrogativas
do Poder Judiciário, das prerrogativas do Executivo, para que possamos, com
consenso, com equilíbrio, chegar a uma plena democracia.
Solicito que os Vereadores, aqui,
expressem que foi este o objetivo deste Vereador: que nós possamos repisar, que
nós possamos levantar a voz, para que tenhamos, pelo voto popular, as
representações no Legislativo e no Executivo. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Cassiá
Carpes.
O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Valdir Caetano.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, nesse fim de
semana, eu pensei um pouco sobre a proposição do Executivo Municipal para o
Previmpa. Cheguei à conclusão de que o Executivo Municipal deve retirar o
Projeto; ele não tem o que fazer aqui.
Não existe uma lei hoje no País dizendo
que há uma alíquota de 11%. Existe, sim, uma Medida Provisória que tem força de
lei, é verdade, mas que o Congresso Nacional, na sua soberania, pode dizer a
ela “não”, e aí não há mais nada. Mas o Executivo Municipal estava tão
apressado em tomar o dinheiro dos municipários, como fez com a bimestralidade,
que mandou o Projeto no ano passado, quando não havia definição de coisa
nenhuma. Mandou cobrar 11%, quase que negociou aí por 9%. Eu acho que o certo,
o correto, o decente, seria retirar o Projeto e reexaminá-lo, até porque trouxe
aqui um cálculo atuarial que, segundo ele, chegaria a 10,2%. Mas, se eles se
apóiam naquilo que o Presidente da República iria fazer para tomar o dinheiro
dos trabalhadores brasileiros, por que eles não se apóiam na integralidade do
fato? Aqui é verdade, na Medida Provisória diz que será 11%, não diz, no
mínimo, 11%, nem mais do que 11%, será 11%, mas é uma Medida Provisória, e o
Congresso Nacional, volto a dizer, respondeu ao Presidente da República que não
vai aceitar esse assalto à bolsa dos trabalhadores.
Nessa Medida Provisória, há o art. 4.º que
diz: “A Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar com as
seguintes alterações: Art. 2º, § 1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências
financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de
benefícios previdenciários”.
E por que o Prefeito quer cobrar - e já
queria antes da Medida Provisória - 40 milhões de déficit previdenciário dos
municipários, que não têm culpa nenhuma? Será que o Prefeito é capaz de
responder por que quer fazer isso?
Um bom conselho, gratuito até - dizem que
conselho bom não se dá -, de qualquer forma, é um bom conselho para ele: eu
retiraria o Projeto, reexaminaria, retiraria o passivo previdenciário, e aí
discutiríamos, porque dentro da Constituição ainda existe alguma coisa que pode
permitir aos municípios fazer - poderão instituir, não obriga - contribuição
previdenciária cobrada de seus servidores, art. 49, parágrafo 1º, e a PEC
Paralela está lá esperando ser votada.
E nós pedimos para ser convidado o
Senador Paim. Nós fizemos na nossa Bancada um e-mail, pedindo que ele compareça a esta Casa. Nós pedimos o
atuário e não recebemos. Então, eu acho que o Prefeito, de muito bom alvitre,
estaria funcionando corretamente se retirasse o Projeto e fosse discutir com os
municipários, mas poderia também discutir a bimestralidade que ele não pagou,
tendo dinheiro, conforme foi amplamente comprovado. Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo
está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
A Verª Maristela Maffei está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, em primeiro lugar, eu queria dizer, aqui - e
já foi externado pelo Ver. Gerson Almeida, pela Bancada do PT -, do respeito e
da consideração que temos ao maior Sindicato da América Latina:
CPERS/Sindicato. E digo isso com a tranqüilidade e com a pluralidade que esse
Sindicato expressa. E, como vocês sabem, nós aqui somos várias Bancadas e
apenas uma pessoa do Partido pode falar. Em tempo de Comunicação, então, quero
externar os meus sentimentos em relação à Tribuna que aqui se fez presente.
No Governo Olívio Dutra, o
CPERS/Sindicato teve, para quem não sabe, principalmente os Vereadores
mal-informados ou que se fazem de mal-informados, 32 dias de greve dentro de um
viés democrático, um direito dessa categoria. Isso é importante ser dito.
Naquela época, a Associação de Pais e Mestres foi ao CPERS dar apoio à greve.
Agora, manifesta-se contra. O que será que aconteceu? Parece até uma ditadura,
porque, em alguns lugares, pode haver democracia; em outros, não. Para nós, as
pessoas terem Partido, fazerem essa expressão de Pinóquio, que estão fazendo
aqui, ou não, é da democracia. Nós temos de saber respeitar as pessoas, porque
a grande maioria é filiada a um Partido, e nós sabemos disso. Isso é normal, é
da democracia e é preciso que a gente fortaleça essa democracia.
No Governo Olívio Dutra, durante os
quatro anos, nós tivemos, num primeiro momento, 14,9% de aumento e, depois,
mais 25% de aumento. Foi restabelecido o Plano de Carreira dos funcionários, a
volta do Plano de Carreira e a questão das promoções; isso também tem de ser
dito. A greve - para os Vereadores mal-informados - também foi em março, como
está sendo realizada esta, neste mesmo período. O reajuste do Legislativo, e
nós também tivemos conseqüências nisso, foi de 54%. Agora, o Judiciário teve
28,8%. Pergunto: por que o Governador Germano Rigotto não vetou esses aumentos?
(Manifestação do Plenário.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Ah, não pode?! Diz uma pessoa no plenário
- e é um direito dela dizer o que ela quiser.
Em 2003, a Secretaria da Fazenda admite -
hoje saiu no jornal Zero Hora - que o Estado renunciou a 977 milhões de reais
em ICMS para financiar a atração e ampliação de empresas e a proteção da
economia gaúcha. Pois eu digo aos senhores que é uma questão de opção, por quê?
Porque fazer uma renúncia tributária para mais de 30 coitadinhas empresas, pobrezinhas,
como a Gerdau, em favor da Gerdau, é uma questão de opção. Nós não fizemos essa
opção. Nós investimos exatamente para não parcelar o salário, para não buscar
no Banrisul, que é devedor do funcionário público estadual - isso é um crime, é
uma vergonha, é um roubo - o 13º salário! Isso não aconteceu com o Município
aqui, com os servidores municipais.
(Manifestações das galerias.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Então, eu pergunto: todos nós temos lado.
Isso é mentira ou é verdade? Então, tem de se perguntar isto: se todos nós não
temos opção. Pois, senhoras e senhores, a gente avalia as coisas é na prática.
Por exemplo: a dívida que foi negociada pelo Governador Britto, do Partido do
Ver. Sebastião Melo - agora ele está no PPS, antes era do PMDB -, foi toda
organizada, assinada pelo Governador Britto e foi, sim, depois, paga pelo
Governador Olívio. Então, quem é que está faltando com a verdade aqui? Nós
temos de nos ater a isso. Ora, senhoras e senhores, o Governador Olívio Dutra,
quando fez a opção de pagar ao funcionalismo estadual, não parcelar, não fazer
empréstimo pelo 13º salário, fez uma opção, sim, de classe! Fez uma opção séria
e legítima, e quiçá todos os Municípios e Estados não precisassem receber
parcelado, não precisassem fazer empréstimo e tivessem democracia interna para
greve! Ora, um Governador ir à televisão e apelar para que se pare uma greve?!
Tem de parar é de pagar aos ricaços, que subsidiaram a sua campanha eleitoral!
Tem de parar é de fazer renúncia fiscal...
(Manifestações das galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa solicita
silêncio às galerias, para que possamos dar continuidade a esta Sessão.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta...
(Manifestações das galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Um momento,
Vereadora. Se não houver condições, nós não daremos continuidade aos trabalhos.
Conclua, por favor, Verª Maristela Maffei.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Concluindo, só para dizer, Srª
Presidenta, que essas questões de pressão de plenário, quando as associações,
os sindicatos se tornam plenário de assembléia, é porque já perderam,
realmente, a sua força e o seu objetivo de classe. Obrigada. Parabéns,
CPERS/Sindicato.
(Não revisto pela oradora.)
(Manifestações das galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito silêncio às
galerias.
A Verª Helena Bonumá está com a palavra
em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Almerindo Filho.
A
SRA. HELENA BONUMÁ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes;
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos
acompanham nesta Sessão, na realidade, eu ia tratar de outro assunto, mas
gostaria de continuar fazendo uma reflexão sobre o tema que alguns Vereadores
trataram aqui em função da vinda do CPERS/Sindicato a esta Casa. Muito nos
orgulha, como Câmara de Vereadores, receber aqui na tribuna uma entidade com
todo esse histórico de luta sindical, uma entidade com mobilização da sua base,
da sua categoria, e, como disse a Verª Maristela Maffei, trata-se do maior
Sindicato da América Latina.
Nós entendemos que, na realidade, por
trás dessa discussão que fazemos na tribuna da Câmara de Vereadores, no último
período, nós estamos disputando concepções diferenciadas de Governo, senhores e
senhoras; nós estamos disputando uma visão diferente de Estado. E eu acho que
nós temos de ter clareza do que está por trás das polêmicas que travamos aqui
nesta tribuna.
A luta dos trabalhadores é extremamente
legítima em um País como o nosso, um País da exclusão social, da desigualdade
social, onde o Estado sempre foi historicamente apropriado por uma elite e onde
o Estado sempre se organizou e teve com a sociedade uma relação extremamente
autoritária, uma relação tratando dos movimentos sociais como caso de Polícia,
estando, principalmente, extremamente afastado da realização, das demandas e
dos interesses da grande maioria da nossa população, das demandas dos
servidores públicos municipais, estaduais, federais. O que nós entendemos que muda
quando a gente passa a ter, a partir do Estado, um Governo comprometido com os
interesses populares? Tem de mudar a lógica que vinha sendo implantada no País
de que o problema do Estado era o tamanho da máquina e o funcionalismo público.
Nós vivemos durante os Governos neoliberais, no Brasil, os famosos PDVs, que
todo mundo conhece. O PDV do Britto ninguém esqueceu, Ver. Sebastião Melo.
Agora, o que acontece? Vocês lembram da propaganda do elefante na televisão. No
tempo do Governo do Fernando Henrique Cardoso, na propaganda, o Estado era
passado para o cidadão e para a cidadã como se fosse um elefante e que por isso
não conseguia cumprir com a demanda social da sociedade e com a demanda dos
seus servidores por qualificação, por salário, por melhores condições de
trabalho. Isso justificou uma ação de política neoliberal, a partir do Governo,
de desmantelamento do Estado, de privatização dos serviços essenciais à
população e de desmantelamento do quadro do funcionalismo público, por meio das
demissões e da precarização do trabalho público no Brasil.
Isso, senhores e senhoras, foi uma
política de Governo, isso fez parte da estrutura dos Governos neoliberais no
Brasil, e nós sabemos o que isso acarretou em cima do funcionalismo. Mas
sabemos também que, ao longo dos quinze anos do Governo Popular na
Administração em Porto Alegre, não foi essa a política que nós praticamos e não
foi a política que o Governador Olívio Dutra praticou no Estado do Rio Grande
do Sul, quando, só na área da Educação, contratou mais de 20 mil servidores e
estancou com o processo de demissão de PDVs, não atrasou nunca o salário em
quatro anos de Governo, não parcelou o pagamento de salário, reajustou salários
dos servidores do Magistério inclusive, da folha da Segurança Pública, e nós sabemos
que realizou concursos em várias áreas além do Magistério também.
Aqui, em Porto Alegre, a política tem
sido a mesma, e, senhores e senhoras, nós temos tido, ao longo de 15 anos, uma
política que se distingue no cenário não apenas do Brasil, meus senhores - eu
desafio os senhores -, uma política que se distingue no cenário da América
Latina, que foi a bimestralidade. Se por conta da crise financeira que os
Municípios vivem no Brasil...nós podemos vir à tribuna discutir isso, sim,
porque isso tem sido discutido de uma forma transparente com o funcionalismo,
ao contrário da prática da maioria dos Governos, e os senhores sabem disso. Nós
temos tido um processo de debate transparente com o funcionalismo nesta nossa
Cidade e, se pela crise financeira dos Municípios, pelos compromissos da Lei de
Responsabilidade Fiscal, não temos mantido, nos últimos bimestres, a política
da bimestralidade, nós não sucateamos o serviço público, nós não sucateamos o
funcionalismo e nós não colocamos nas costas dos nossos funcionários a
responsabilidade da crise financeira, que os nossos Estados, as nossas parcelas
do Estado vivem; ao contrário, nós entendemos que os funcionários são parceiros
nossos na construção, no serviço prestado à comunidade.
Para finalizar, Vereadora, com a sua
tolerância, nós - Estado, instituições públicas, Câmara de Vereadores e
servidores - temos a responsabilidade e temos de pensar que as políticas
públicas e a sustentação da condição de trabalho do funcionalismo têm de ser
sustentadas.
E este é o bom debate que temos de fazer:
que tipo de Estado queremos e como é que estaremos financiando a sua
qualificação e a prestação de serviços aos nossos cidadãos. Obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes):
Solicito silêncio ao Plenário.
O Ver. Beto Moesch está com a palavra em
Comunicações.
O
SR. BETO MOESCH: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, funcionários que, mais uma vez, lotam o plenário
para acompanhar os trabalhos do Poder Legislativo Municipal, venho à tribuna
para destacar um trabalho extraordinário da comunidade cultural, Verª Margarete
Moraes, V. Exª que é tão ligada a esse assunto.
Um grupo de Porto Alegre é o vencedor do
Projeto Criação Teatral Volkswagen (Lê.):
“Em disputa acirrada, gaúchos do Núcleo
de Estudos de Teatro e Dança vencem a primeira edição do concurso teatral da
Volkswagen.”
Os vencedores se exibiram, há alguns
dias, no Theatro São Pedro, e foi a primeira edição. O grupo Núcleo de Estudos
de Teatro e Dança é formado por cinco renomados atores já conhecidos da
comunidade porto-alegrense e nacional: Ramiro Silveira, Evandro Soldatelli,
Heloísa Corrêa Gravina, Roberto Birindelli - amigo pessoal - e Luciane Moreau.
Subiram ao palco e encantaram a platéia com a sua performance. O que mais fez o
resultado da vitória desse grupo que orgulha a comunidade porto-alegrense? O
entrosamento e a cumplicidade em cena, aliado à mistura de teatro e dança,
foram primordiais, estupendos e desencadearam a vitória. Mas vejam que o
Projeto Criação Teatral Volkswagen, que é inédito no Brasil, é uma grande
iniciativa desta empresa - aliás, os projetos culturais hoje não se realizam
sem a livre iniciativa. E segundo os próprios participantes: “Organizado e
democrático, permitiu a participação de 503 grupos de todo o Brasil”, e o nosso
foi o vencedor. Desses 503 grupos de teatro e dança, o nosso, o Núcleo de
Estudos de Teatro e Dança de Porto Alegre, foi o vencedor. Portanto, esta
Câmara quer dar os parabéns a esses artistas, que mais uma vez mostram, Verª
Helena Bonumá, a força, a dedicação e a qualidade dos nossos artistas de Porto
Alegre.
Aproveito também para destacar, mais uma
vez, o trabalho dos Correios. No ano passado, nós enaltecemos aqui o selo para
homenagear o centenário de nascimento de Dom Vicente Scherer. E os Correios,
sempre sensíveis a temas atuais, lança agora o selo da Água Potável, um selo
bonito, colorido e que vem colaborar nesse esforço que todos nós, sociedade,
Poder Público, estamos desencadeando no sentido da preservação da quantidade e da
qualidade da água. Os Correios, como todos sabem, circulam no Brasil e mundo
afora e são instrumentos, sim, de educação, de formação e de informação. E, no
lançamento desse selo, os Correios nos trazem informações sobre a realidade da
água no mundo em que vivemos e colocam muito bem... Embora possa parecer que a
água está acabando, não, ela não está acabando, a água potável, ela é mais do
que suficiente para atender às necessidades dos seis bilhões de pessoas
existentes no mundo, mas nós precisamos cuidar da sua qualidade, da sua
quantidade também. Democratizá-la para que todos possam ter acesso a esse bem
vital: a água fonte de vida.
Os Correios fazem a sua parte, a Igreja
faz a sua parte com a Campanha da Fraternidade, a ONU, mais uma vez, lança este
ano, o Ano da Água Potável e dos Desastres, e, portanto, nós, aqui em Porto
Alegre, concluo, Srª Presidenta, devemos estar não só atentos, mas precisamos
dar uma resposta efetiva a essas questões cruciais. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Beto
Moesch.
O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, no dia 14 de abril, o Conselho de Ensino, Pesquisa
e Extensão da UFRGS decidiu aprovar o Parecer do Conselheiro Sérgio Laguna
Pereira e extinguir a possibilidade de adoção de idioma único no concurso
vestibular.
Aqueles que nos acompanham sabem que
durante muitos anos nós brigamos aqui nesta tribuna porque a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul tentou colocar que nos cursos de Medicina,
Nutrição e Ciência da Computação, para o ingresso no vestibular, só aceitaria a
língua inglesa. Na época, ocorreu um movimento, principalmente dos professores
ligados à área do ensino de Espanhol - entraram com uma liminar, conseguiram a
liminar -, e, depois de dois anos, esse Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
da Universidade Federal resolveu, então, extinguir a possibilidade do idioma
único. Ou seja, qualquer que seja o idioma ou o curso, não há mais a
obrigatoriedade de língua inglesa para determinados cursos. E aqui cita:
Medicina, Nutrição e Ciência da Computação. Eu penso que isso foi um ganho,
hoje existe um acervo muito grande, quase toda a literatura nessa área biomédica
também é traduzida para a língua espanhola. Então, nós queremos salientar o
bom-senso do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, que soube, em bom tempo, dar um fim a essa possibilidade que
estava sub judice e dizer que, a
partir do próximo vestibular, a Universidade Federal ficará aberta à
possibilidade de utilização de qualquer outro idioma.
Queremos também fazer uma denúncia, já
que a Polícia Civil está em greve e nós não conseguimos fazer lá a denúncia: na
Zona Sul de Porto Alegre está sendo aplicado um golpe, ou seja, aquelas pessoas
que moram em residência e têm porteiros eletrônicos... Estão sendo desmanchados
os porteiros eletrônicos e aparece um adesivo com o seguinte nome: “Bom
Conserto - Portas Automáticas, Assistência Técnica 24 horas. Seu movimentador
estragou, Bom Conserto arrumou.” E, aqui, estão os dois telefones celulares:
98376258 e 98498383. Nós entendemos que é um caso de Polícia sério, já passamos
isso inclusive para a Secretaria de Segurança Pública, e ela vai ter de
acertar. Como estão de greve, não estão aceitando nenhum tipo de denúncia, e,
na realidade, são inúmeros portões que estão sendo estragados. Além disso,
estão sendo feitas algumas manobras com instalações ligadas de outras áreas,
para que as pessoas possam fazer...
Na minha residência o que aconteceu foi
que nós não procuramos esse Bom Conserto. Entramos em contato, depois, com a
empresa que tinha feito o nosso portão, a Acimatic, e eles disseram que esse é
um golpe que está acontecendo em Porto Alegre. Então, eu volto a dizer:
cuidem-se, principalmente aqueles que têm porteiro eletrônico, para evitar esse
Bom Conserto. Eu vou dizer, novamente, o número: 98376258 e 98498383. Esperamos
que, a partir desta denúncia, esta semana ainda, essas pessoas possam estar
presas no Município de Porto Alegre, porque o que estão fazendo, na realidade,
é causar danos e, com esse ingresso nas casas, não sabemos quantas casas estão
sendo lesadas, furtadas, no nosso Município. Como eu tentei fazer a ocorrência
via policial e não consegui, como Parlamentar, estou-me valendo da tribuna para
fazer esta denúncia. Mas esperamos que o Secretário de Segurança, José Otávio
Germano, tome as devidas providências, e volto a dizer que essas pessoas, como são
fáceis de identificar pelos telefones celulares, talvez possam ser presas ainda
nesta semana. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Carlos Pestana.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Ver. Besson, que também
compõe a Mesa, e demais colegas, pessoas que nos acompanham nesta Sessão,
também através da TVCâmara, de fato a presença do CPERS/Sindicato terminou
trazendo, de certa maneira, o debate posterior na questão da Previdência e da
política salarial à discussão nesta Câmara, e não há como a gente não abordar
um tema tão apaixonante e tão difícil quanto esse.
Antes de vir para a vida pública, mais
explicitamente na direção do DMAE, em 1989, durante cerca de oito anos fui
militante sindical do Sindicato dos Engenheiros, na Unisinos, e também na minha
empresa, a CEEE - uma experiência muito importante em que a gente tem uma série
de aprendizados. Nessa experiência, inclusive, a gente tinha sempre uma
dificuldade muito grande. Fiz uma frase: “É fácil começar uma greve, difícil
mantê-la, mais difícil ainda saber a hora de sair da greve”, porque, quando se
está em dificuldades, se quer estirar a greve para que se saia com vitória;
quando se está em situação de vantagem, se quer estender a greve para ver se
ganha mais ainda e às vezes a coisa se desenrola de uma maneira absolutamente
não prevista.
No período dessa experiência, dei
discursos para começar a greve - e alguns achavam que eu era louco em alguns
momentos, ou de extrema esquerda -, e, em outros momentos, também dei discurso
para acabar a greve - quando alguns achavam que eu era pelego -, mas sempre
procurei ter a possibilidade da análise em cada momento, começar a greve quando
achava que o patronato poderia pagar melhores salários, e dei discurso para
terminar a greve quando achava que estava esgotada essa possibilidade.
Então, fazer esse debate salarial, que
não acontece só em nosso Estado e em nosso Município, é absolutamente
importante. Ouvi algumas pessoas dizerem, depois da intervenção da Verª Helena
Bonumá, que a bimestralidade tinha sido uma iniciativa do ex-Prefeito Alceu
Collares; é difícil para quem tem, de fato, uma boa memória, achar que isso
seja uma realidade.
Não há dúvida nenhuma, para quem
acompanha o Executivo Municipal por mais tempo, de que não tivemos, nem no
Município nem no Estado, período de maior arrocho salarial que não tenha sido o do ex-Prefeito Alceu Collares. Recordo
muito bem que, no final da sua Administração, houve uma greve furiosa do
pessoal da limpeza urbana e de outros setores. Por vários dias os sacos de lixo
ficaram na Rua da Praia e em outras ruas da nossa Cidade, em vista, exatamente,
da questão salarial. Então pessoal, eu acho que lutar pela volta da
bimestralidade é absolutamente legítimo, tem de se sempre lutar por melhores
salários, e aquilo que era uma situação vantajosa, tem de lutar para voltar.
Agora, como eu disse, na medida em que
dei discurso também para terminar a greve... não é possível a gente tapar o sol com a peneira rigorosamente,
não é possível fazer isso, porque o ex-Prefeito Collares foi o Prefeito de
maior arrocho salarial que já passou por esta Cidade E todos vocês sabem - os
mais antigos já estavam na Prefeitura - que, quando ele perdeu a eleição, ele
deixou uma política salarial que aumentou por três, aumentou por três
rigorosamente o salário do Município, mas só depois que tinha perdido a
eleição. Ou não foi assim? Estou falando rigorosamente a verdade...
O
Sr. Isaac Ainhorn: V. Exª permite um aparte?
O
SR. GUILHERME BARBOSA: E nós... Vereador, desculpe-me, é que já
estou no minuto final, desculpe-me, mas não posso lhe dar o aparte.
Então, nós trabalhamos com a
bimestralidade, que não existia em lugar nenhum, conseguimos pagar até onde foi
possível. Depois, há uma lei mais forte que a lei municipal. Eu acho que a
maioria de vocês sabe que as leis têm hierarquia; se há uma lei federal que dá
um comando e vai contra a lei municipal, temos que obedecer à lei federal. E é
isso o que está acontecendo! Vejam que o Prefeito Verle, em nenhum momento,
disse que a Lei não está vigendo. Para nós a Lei está vigendo, mas não há
condições financeiras, neste momento, de voltar à bimestralidade.
Então, eu queria, calmamente, mesmo que,
como eu já disse da outra vez, eu seja vaiado, isso para mim faz parte do
processo democrático...
É preciso que nós, mesmo que estejamos na
luta para manter uma vitória, para aumentar essa vitória, que a gente, também,
não procure se cegar, porque isso, de fato, não faz avançar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
(Manifestações das galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu peço que a
Assessoria Legislativa desconte mais um minuto.
Encerrado o período de Comunicações.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h34min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 15h35min):
Estão reabertos os trabalhos.
Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª
SESSÃO
PROC. N.º 0056/00 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 001/00, de autoria da
Ver.ª Maristela Maffei, que denomina Rua Botânica um logradouro não-cadastrado,
localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC. 0076/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 006/04, de autoria da Ver.ª
Margarete Moraes, que institui o Salão de Desenho Infantil no Município de
Porto Alegre e dá outras providências. Com
Substitutivo n.º 01.
PROC. 0077/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 007/04, de autoria da Ver.ª
Margarete Moraes, que institui a Feira de Troca de Livros e dá outras
providências. Com Substitutivo n.º 01.
PROC. 0078/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 008/04, de autoria da Ver.ª
Margarete Moraes, que institui a Semana Municipal da Leitura e dá outras
providências. Com Substitutivo n.º 01.
PROC. N.º 1341/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 064/04, de autoria dos
Vereadores Elias Vidal e Reginaldo Pujol, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sérgio Maia.
PROC. N.º 1710/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 071/04, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que altera dispositivos da Lei n.º 3.187, de 24 de outubro
de 1968, e alterações posteriores, que estabelece normas para a exploração do
Comércio Ambulante e dá outras providências.
2.ª
SESSÃO
PROC. N.º 3011/97 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 025/97,
de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que reduz o pagamento do IPTU e do ISSQN de
toda a pessoa física que assumir, oficialmente, menores ou adolescentes
abandonados ou desassistidos, nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, no Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 1179/91 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 078/91, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que autoriza o Executivo Municipal a cercar o Parque
Farroupilha.
PROC. N.º 1858/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 073/04, de autoria do
Ver. Juarez Pinheiro, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Toshiaru Araki.
PROC. N.º 1841/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 072/04, de autoria do
Ver. Beto Moesch, que institui o Programa de Conservação, Uso Racional e
Reaproveitamento das Águas nas edificações.
PROC. N.º 1908/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 077/04, de autoria dos
Vereadores João Carlos Nedel e Aldacir Oliboni, que inclui a Festa de Santa
Rita de Cássia no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
3.ª
SESSÃO
PROC. 0856/04 -
SUBSTITUTIVO N.º 01, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo,
que dá nova redação ao “caput” do art. 51 da Lei Orgânica do Município de Porto
Alegre, ao PROJETO DE EMENDA À LEI
ORGÂNICA N.º 001/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila. Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 1456/04 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 058/04, de autoria da Ver.ª
Clênia Maranhão, que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Senhora
Elvira Centena da Silva.
PROC. N.º 1607/04 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 059/04, de autoria dos
Vereadores Carlos Alberto Garcia e Dr. Goulart, que institui a Semana da Mulher
e o Prêmio Mulher em Ação, na Câmara Municipal de Porto Alegre.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maristela
Maffei está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Carlos Alberto Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, está tramitando nesta Casa um Projeto de nossa
autoria e do Ver. Dr. Goulart, o qual institui a Semana da Mulher e o Prêmio
Mulher em Ação na Câmara Municipal de Porto Alegre. Nós colocamos que esse
Prêmio - inclusive, nesta semana, nós tivemos a discussão, em que alguns
Vereadores não entenderam o espírito -, primeiro, não será concedido pelos
Vereadores. O Prêmio Mulher em Ação será concedido, a cada vez, a cinco
mulheres que se distinguirem na sociedade porto-alegrense por relevantes
serviços prestados respectivamente nas seguintes áreas: Educação, Saúde,
Direitos Humanos, na política e na comunidade. (Lê.) “A indicação das mulheres
a serem agraciadas será feita à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto
Alegre pelo Conselho Municipal dos Diretos da Mulher.”
Então, eu quero lembrar, novamente, que
não serão os Vereadores que o concederão. E essa é uma preocupação, qual seja,
de não ser mais um Prêmio para os Vereadores entregarem. Não, não é isso. Nós
tivemos esse cuidado, porque entendemos que, na Semana da Mulher, nessas áreas,
elas deveriam ser agraciadas por meio de indicação do Conselho Municipal dos
Direitos da Mulher à Mesa Diretora da Câmara Municipal.
E um outro detalhe que também tivemos o
cuidado de colocar é que toda a entidade, governamental ou não-governamental de
âmbito municipal, que desenvolva atividades relacionadas à promoção e à
valorização da mulher poderá indicar ao Conselho Municipal o nome de uma
candidata ao Prêmio. A indicação das mulheres a serem agraciadas deverá ser
encaminhada ao Conselho Municipal de Direito da Mulher até 30 de outubro do ano
anterior, juntamente com o currículo das candidatas e a justificativa.
Então, entendemos que será um avanço,
porque cinco mulheres na área da Educação, da Saúde, dos Direitos Humanos, na política
e na comunidade serão contempladas, sem a preocupação, eu volto a dizer, de que
cada Vereador possa conceder um Prêmio a uma das mulheres ou a uma categoria.
Esse Prêmio será elaborado, discutido com o Conselho Municipal dos Direitos da
Mulher mediante essas prerrogativas que nós colocamos aqui. Entendemos que é um
Projeto simples, mas ele vem, e muito, a colaborar para que a mulher possa ser
mais valorizada, para que nós possamos fazer discussões nesta Casa e entender
por que, num País como o nosso, onde a maioria das pessoas são mulheres, elas,
que fazem as mesmas funções dos homens, na grande maioria das vezes, recebem
até 30% menos de salário. Já que se quer buscar justiça e igualdade - e isso se
faz de várias maneiras -, entendemos que uma das formas de reconhecer o talento
das diversas mulheres nos segmentos da Saúde, Educação, liderança comunitária é
contemplar este Projeto. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, a Presidenta já anunciou que hoje, na Pauta,
temos 14 Processos, 14 Projetos para serem discutidos. E eu, cada vez mais,
fico impressionado com a fúria legiferante que impera não só nesta Câmara, mas
neste País. Nós não precisamos de mais leis; precisamos cumprir e respeitar as
leis e precisamos que as leis sejam bem feitas, que sejam claras, precisas e
concisas.
Hoje, nós temos 14 Projetos em Pauta; 74
Projetos na Ordem do Dia, alguns deles do século passado que ainda nós não
votamos, talvez, um dia, venhamos a votar. Um Projeto de Lei denomina
logradouro - nota 10. Há Projetos instituindo o Salão do Desenho Infantil no
Município e os outros, a Feira de Troca de Livros e a Semana Municipal da
Leitura, Projetos de autoria da nossa Presidenta, que, sentindo as dificuldades
dos seus Projetos, por intermédio de Parecer da Procuradoria, entrou com três
Substitutivos. O Ver. Elias Vidal e o Ver. Reginaldo Pujol pretendem conceder o
Título Honorifico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Sérgio Maia.
O Ver. Nereu D'Avila altera a Lei n.º
3.187, que é a Lei dos ambulantes. É por isso que eu disse que me impressiono
com a fúria legiferante, não só por esse caso, é claro, porque a pressa de
fazer novas leis, a pressa de alterar o que já existe torna tudo muito difícil.
O que o Ver. Nereu D'Avila pretende? Ele pretende alterar o Inciso I, do
parágrafo 2º, da Lei nº 3.187. A Lei nº 3.187, no seu art. 1º, diz (Lê.):
"A exploração do Comércio Ambulante, na área do Município, passa a
obedecer às normas estabelecidas na presente Lei. Parágrafo Único -
Considera-se Comércio Ambulante, para os efeitos desta Lei, toda e qualquer
forma de atividade lucrativa de caráter eventual ou transitório, que se exerça
de maneira itinerante, nas vias ou logradouros públicos”. De maneira
itinerante, nas vias ou logradouros públicos. Para mim, itinerante vai sempre
andando, não fica parado. Mas nós já fizemos alteração desta Lei quando se
introduziu um parágrafo novo, o parágrafo do art. 1º, que tinha um parágrafo
único, que eu li agora, que diz que o comércio de ambulante é itinerante.
Ambulante e itinerante para mim dá na mesma coisa. Mas foi acrescido, então, o
parágrafo 2º, que diz: “Nas condições mencionadas no parágrafo anterior,
inclui-se os detentores de veículos automotores licenciados em Porto Alegre,
que atendam as seguintes especificações técnicas...”. Eu quero saber quem é que
vai encontrar vinculação deste parágrafo com o anterior, que diz o que é
ambulante. E, aí, o Ver. Nereu D’Avila quer trocar o inciso I, que diz: “Os
veículos automotores que não tenham sido fabricados há mais de 10 anos.” O Ver.
Nereu D’Avila quer que se diga que não tenham sido fabricados há mais de 15
anos. Agora, eu ainda estou procurando a vinculação do parágrafo 2º com o
anterior parágrafo único, que se torna parágrafo 1º. Se alguém souber como é
que se identificam as duas, por favor, informem-me, porque eu não consigo
saber. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes;
colegas Vereadores e colegas Vereadoras, como disse o Ver. João Antonio Dib,
são vários Projetos em Pauta. Eu queria começar, Presidenta, por esses dois
Projetos de sua autoria, que eu acho que qualificam o debate. Um Projeto
institui a Feira de Troca de Livros e o outro institui a Semana Municipal da
Leitura e dá outras providências.
Um povo que não tem memória é um povo que
não tem futuro. Nesta Cidade, Porto Alegre, graças a Deus, se nós compararmos
com outras Capitais brasileiras, há muitos espaços culturais importantes que
são conquistas do seu povo e da sua gente ao longo da sua história. O Brique da
Redenção é uma dessas conquistas. E eu olho para o Ver. Pujol e sei que, quando
foi Secretário, outrora, em Governos da Prefeitura, é que isso aconteceu. Teve
muito da sua parceria com a sociedade para conceber aquele espaço.
Então, vejo a colega Presidenta querendo
colocar a Feira do Livro no Parque Farroupilha. quero cumprimentá-la e dizer
que acho que é um bom Projeto. É um Projeto que interage com todos aqueles que
têm a clareza de que este País só terá jeito e terá lugar para os excluídos se
tivermos uma educação profunda. E isso não se faz sem leitura, Presidenta. À
vezes, o que menos se faz numa universidade é leitura e o que menos se faz no
colégio é leitura. Portanto, eu sempre digo que faculdade não dá cultura para
ninguém, que banco colegial não dá cultura: é preciso expandir essas
fronteiras.
Uma outra questão também, para ficar no
Parque Farroupilha, Ver. Garcia... Lembro-me de quando V. Exª promoveu a
consulta sobre o cercamento do Parque. Eu lá estive votando contra. Fui lá
votar contrariamente. Continuo com essa mesma posição. Eu acho que a questão da
segurança é uma questão mais profunda.
Eu poderia trazer para esse debate, Ver.
Garcia, aquilo que estão querendo fazer no Rio de Janeiro, que é o muro da vergonha.
Achar que se vai resolver o problema da criminalidade construindo um muro na
Rocinha, isso é uma maneira demagógica de os Administradores acharem que vão
resolver as questões colocando um muro. Não, não é isso, não.
Eu acho que o nosso Parque, como os
demais parques, precisa, cada vez mais... Aí eu vejo que a Guarda Municipal,
que é um efetivo da Prefeitura, hoje ela cuida, além dos parques e dos próprios
municipais, também do acompanhamento da SMIC na questão dos ambulantes. E eu
acho, Ver. Garcia, que ali tem de ter o braço forte da Guarda Municipal, Verª
Helena Bonumá, ex-Secretária dos Direitos Humanos e de Segurança do Município.
Portanto, sou contrário a esta proposição
que tramita aqui na Casa. Agora, sou favorável a que continue esse debate. Sei
que há no entorno do Parque um grande debate, a Cidade debate o Parque, é o
pulmão da Cidade, mas, acima de tudo, o Poder Público não pode lavar as mãos.
Acho que ali é um dinheiro bem gasto; ali tem de ter um sistema de parceria, e
a Guarda Municipal tem de ter um melhor trabalho, mais qualificado e com maior
presença física no nosso Parque Farroupilha. Mas sei que, hoje, Presidente, se
for feito um plebiscito sobre a pena de morte, a maioria, equivocadamente, vai
instituí-la. Equivocadamente, porque, se for instituída, vão matar negros,
desdentados e quem não tem dinheiro para contratar advogado. E, se for feita
uma consulta a respeito de cercar todos os parques, vão dizer que estes têm de
ser cercados. Nós, os Legisladores, temos de ampliar esse debate um pouco mais
além dessa fúria que está na praça, que, sei, atinge todos nós. Acho que é bom
este Projeto estar na Pauta, porque, na verdade, ele nos proporciona fazer uma
discussão mais ampla sobre esse tema, e não o reducionismo de dizer apenas: “Vou
cercar o Parque Farroupilha e, assim, vou acabar com a questão da insegurança”.
Isso não é verdade na minha avaliação, salvo melhor juízo. Não sou dono da
verdade, acho que a questão é mais profunda. O pano de fundo dessa questão é
outro e não apenas o cercamento. Portanto, fico por aqui na discussão
preliminar de Pauta deste dia, esperando que a gente possa, nas Comissões
Temáticas, quem sabe, produzir um grande debate sobre esta matéria. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver.
Sebastião Melo.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir a Pauta.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, como bem acentuaram os Vereadores que me antecederam na tribuna,
são vários os Projetos de grande importância que estão tramitando em discussão
preliminar, além dos três referidos pelo Ver. Sebastião Melo e que são de sua
autoria, Vereadora-Presidente. Há outros tantos, entre os quais a retomada de
um Projeto que já tramitou nesta Casa, do Ver. Nereu D’Avila, que reduz o
pagamento do IPTU e do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza de toda
pessoa física que assumir oficialmente menores ou adolescentes abandonados ou
desassistidos, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, no Município
se Porto Alegre. Há inclusive temas já amplamente discutidos nesta Casa que
envolvem, por exemplo, Emenda à Lei Orgânica no que diz respeito ao recesso
parlamentar.
Vou-me fixar objetivamente no Projeto de
autoria do Ver. Beto Moesch, que institui o Programa de Conservação, Uso
Racional e Reaproveitamento das Águas nas edificações. Faço isso, sem nenhum
demérito aos outros Projetos, por reconhecer, na proposta do Ver. Moesch, uma
profundidade muito grande na busca de um programa de conservação,
racionalização e reaproveitamento das águas das edificações.
O Projeto é amplo, tem 16 artigos e fala da conservação e do
uso racional da água, passa pelo reaproveitamento das águas, coloca disposições
gerais, faz definições claras e objetivas a respeito do que pretende alcançar.
É evidente que corre o risco de ser apontado como não sendo de juridicidade
plena, em que pese termos em mãos uma manifestação da Procuradoria da Casa que
acho extremamente qualificada e elucidativa.
Esclarece a Drª Marion Marrone Alimena, que é quem subscreve
este Parecer, que a Carta Magna, no capítulo destinado ao meio ambiente, art.
225, parágrafo primeiro, inciso VI, propugna: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Parágrafo 1º
- Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VI -
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização
pública para a preservação do meio ambiente.”
No Parecer é citado o art. 13 da Lei Complementar nº 434, a
qual institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre:
“A Estratégia de Qualificação Ambiental tem como objetivo geral qualificar o
território municipal, através da valorização do Patrimônio Ambiental,
promovendo suas potencialidades e garantindo sua perpetuação e da superação dos
conflitos referentes à poluição e à degradação do meio ambiente, saneamento e
desperdício energético”. E ainda: “A nossa Lei Orgânica, na política do meio
ambiente, também se encontra em consonância com o dispositivo constitucional”.
Assim, não há óbice de natureza jurídica,
podendo, obviamente, esta matéria ser objeto dos debates necessários, que terão
de ocorrer, a partir dessa discussão preliminar, que agora merece os nossos
comentários, e através de um exame muito profundo, muito acurado que um Projeto
dessa envergadura merece ter. Eu quero cumprimentar o Ver. Beto Moesch pela
iniciativa e dizer do meu compromisso de, a partir deste momento, acompanhar
esse Projeto na sua tramitação, buscando, se for o caso, oferecer sugestão; se
não o for, oferecer reparo e, se nenhuma dessas necessidades se transformar em
necessidade, somar-me a ele num esforço de se dotar a Cidade de Porto Alegre de
um Projeto de Lei altamente qualificador dos trabalhos não só deste
Legislativo, mas até mesmo do conjunto da Administração Pública da Cidade. Era
isso, Srª Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, demais colegas, pessoas
que nos acompanham, quero me manifestar sobre dois Projetos em tramitação. Os
dois são de autoria do Ver. Nereu D'Avila, sendo que o primeiro se refere ao
fechamento do Parque da Redenção. Já se manifestou aqui outro Vereador; na
outra Sessão alguns também, e há alguns assuntos que parecem uma espécie de
fetiche - de vez em quando eles voltam, e se cria uma solução mágica.
Fora do assunto agora em debate, eu me
lembro do Muro da Mauá, por exemplo, quando diziam: “Tem de derrubar o Muro,
tem de derrubar o Muro, porque o Muro não nos deixa ter contato com o Guaíba”.
Bom, o Muro nasceu - o Ver. Dib sabe bem disso - a partir de um amplo estudo
feito na Cidade, depois da cheia de 1941 - tremenda cheia - e ele faz parte de
todo um complexo de proteção da Cidade. E mesmo que nós derrubássemos o Muro,
que seria uma fortuna tirar todo aquele concreto que está lá, lembrando que ele
tem cerca de três metros no subsolo para impedir o chamado efeito de percolação
da água, seria uma fortuna, nós teríamos na frente os armazéns. Portanto, o
contato com o Guaíba não seria direto, mesmo que não existisse o muro. E, ora,
senhores, há tantos outros locais para que nós tenhamos contato com o Guaíba
que passa a ser uma espécie, de fato, de fetiche.
Da mesma forma temos o caso da Redenção,
vamos cercar a Redenção e resolver todos os problemas de segurança que por
acaso existam. Outro dia gostei da lembrança que alguém trouxe aqui de que em
São Paulo, aquele famoso matador de várias mulheres, matou dentro do parque que
é cercado. Portanto, esse fato já demonstra que essa idéia não se efetiva
verdadeiramente, não existe isso. O que nós precisamos, sim, é de alguma
maneira dar mais segurança às pessoas. E sempre nos lembramos da Guarda
Municipal, mas são os Vereadores da nossa Oposição em apoio ao Governo Estadual,
e não nos lembramos da Brigada Militar; tudo tem de ser resolvido pela Guarda
Municipal que não é treinada para isso, a sua grande maioria não tem arma,
portanto é uma tarefa praticamente impossível.
Há um outro Projeto do Ver. Nereu o qual
me sensibilizou, quando aqui, numa outra Sessão, disse que ele próprio havia
passado por essa experiência e, portanto, vejo que o Projeto nasce do seu
coração. É importante dizer isso, pois ele foi uma pessoa adotada; e, como,
vemos muito bem adotado, já que chegou a essa posição importante que tem na
Cidade.
Eu acho muito complicado a gente fazer
uma amarração entre a adoção de uma criança, de um pequeno cidadão ou cidadã e,
em contrapartida, a pessoa ser isenta do pagamento do IPTU ou do ISSQN. É como
se houvesse um pagamento de uma ação positiva, de uma ação de benevolência, de
apoio a uma pessoa que precisa muito; além, evidentemente, de tirar recursos do
Município. Porque esse tipo de ação tem de ser espontânea, tem de ser,
necessariamente, uma ação de amor, no que essa palavra tem de mais global.
Portanto, eu acho que é muito complicado fazer essa amarração: adotou uma
criança é isento. É como se houvesse um pagamento de uma ação positiva.
Portanto, apesar de entender e compreender a iniciativa do Ver. Nereu D'Avila,
inclusive pela sua experiência pessoal, eu quero, de fato, manifestar-me contra
essa sua proposição. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Verª Margarete Moraes, Presidente desta
Casa; Ver. Ervino Besson,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, na semana passada nós convidamos para vir até a Comissão de Justiça
desta Câmara Municipal os diretores do DMLU para que prestassem esclarecimentos
sobre uma licitação que deu entrada no Executivo Municipal com o objetivo de
comprar caminhões e contêineres para a coleta mecanizada do lixo - 10% daquilo
que é recolhido em Porto Alegre. Na sexta-feira compareceu aqui o Dr. Arnaldo
Dutra, que é o Diretor do DMLU, e foram feitos vários questionamentos. Um deles
relacionado à questão de que havia apenas uma empresa capaz de ganhar aquela
licitação, uma empresa italiana de nome OMB e que era a única empresa que tinha
todos os equipamentos solicitados naquela licitação. Um absurdo, Ver. Sebastião
Melo! O Diretor do DMLU respondeu que não, que não era apenas aquela empresa,
que existiam outras dez empresas no mundo capazes de satisfazer àqueles
requisitos exigidos pela licitação.
Nós avisamos - eu e o Ver. Sebastião Melo
- ao Diretor do DMLU que nós íamos impetrar um mandado de segurança para fazer
com que aquela licitação pudesse vir para ser discutida mais pela Câmara,
porque, afinal de contas, existem tantos escândalos envolvendo o lixo - a morte
do Prefeito de Santo André, do Celso Daniel, deu-se exatamente no escândalo do
lixo. E eu lembro muito bem que o irmão do Prefeito Celso Daniel acusava,
então, naquela época, os envolvidos naquele escândalo de recolherem recursos
para as campanhas do Governo do PT, inclusive ele mesmo disse, afirmando para
uma revista da época, que ele foi portador de um milhão de reais, ou uma
quantia equivalente, para um dos dirigentes petistas - no caso, o agora
Ministro José Dirceu.
Mas olhem bem: à tarde, eu e o Ver.
Sebastião Melo fomos ao Tribunal, impetramos o mandado, falamos com a juíza,
procuramos saber informações a respeito daquilo que acontecia, envolvendo
também outros interessados. E, hoje de manhã, o que aconteceu lá no DMLU? Vejam
bem o mandado de segurança, com a concessão de uma liminar e o argumento da
juíza para conceder a liminar: “Não se pode fazer uma licitação descrevendo o
objeto que, praticamente, tira uma fotografia de quem vai ser o ganhador.” E
quem compareceu, Ver. Sebastião Melo? A única empresa que compareceu na
licitação para entregar os documentos - estava lá com dois envelopes para
entregar -, a única empresa - é vergonhoso, é vergonhoso! - foi a OMB, essa
empresa italiana. Foi a única empresa que compareceu para entregar os
documentos. Não pôde entregar os documentos, e os documentos não puderam ser
abertos, simplesmente, porque a licitação foi suspensa por causa de um mandado
de segurança. Essa licitação foi suspensa.
E os defeitos não são somente esses, Ver.
Sebastião Melo, os defeitos são outros. Como o Governo vai ficar devendo, como
a Prefeitura vai ficar devendo por cinco anos para poder pagar esses
equipamentos para essa empresa italiana, ou ficariam devendo porque está
suspensa a licitação, então, é uma operação de crédito, teria de passar pela
Câmara - diz a nossa Lei Orgânica do Município. Mas não! E eu não sei atendendo
interesse de quem, açodadamente foram lá os dirigentes petistas ligados a essa
área do lixo e rapidamente tentaram adquirir esses equipamentos que falavam que
iriam custar apenas sete milhões e duzentos, mas na verdade, pelos
levantamentos que nós fizemos junto a essa empresa, no site da empresa OMB, dão conta de que ficariam em doze milhões de
reais e não apenas em sete milhões e duzentos.
Então, eu acho que é muita vergonha, eu
acho que, de repente, tudo isso precisa ser esclarecido por esta Câmara. Esta
Câmara simplesmente não pode ficar, Ver. Pedro Américo Leal, assistindo a tudo
isso acontecer, aqui no nosso nariz, no último ano da Administração, essa
tentativa de mecanizar a coleta do lixo. Eu acho Ver. Pedro Américo Leal que
esse negócio do lixo, que já rendeu tanto escândalo lá em São Paulo - agora o
irmão do Celso Daniel disse que pode ter ligação, inclusive, com esse escândalo
do Waldomiro Diniz também, está tudo ligado -, é melhor a gente investigar
também aqui em Porto Alegre, porque realmente eu fiquei preocupado desta vez.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Raul Carrion
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães que
preside os trabalhos, demais Vereadores, Vereadoras, todos aqueles que nos
acompanham no dia de hoje, numa legítima manifestação de pressão que nós
respeitamos, e todos que nos assistem nas suas casas. Hoje é o Dia Nacional do
Índio, e queríamos inicialmente registrar que, quando aqui chegaram os ditos
descobridores, havia cinco milhões de índios no nosso Brasil, 1.400 povos,
1.300 línguas. E hoje restam 350 mil, 180 grupos étnicos. Essa população está
despojada das suas terras, da sua cultura. Portanto, este dia deve ser
entendido não como um dia de mera homenagem, de recordação, mas como um dia de
luta, de reparação que os povos indígenas merecem de nós.
O que me traz também a esta tribuna, em
nome da Bancada do Partido Comunista do Brasil, é registrar que no dia 17 de
abri de 1996, portanto há oito anos, Ver. Guilherme Barbosa, ocorreu o massacre
de Eldorado, até hoje sem que os culpados, sem que os mandantes tenham sofrido
qualquer decisão da Justiça. Para recordar, foram 19 sem-terra assassinados, 69
feridos, algo que está sendo provado na Justiça como premeditado. Dos 19
mortos, Ver. Cassiá, 13 eram lideranças marcadas para morrer; 11 foram
assassinados com tiro na cabeça; três à queima-roupa, Coronel Leal; sete com
arma branca e 36 perfurações à bala em 19 executados. Os policiais atuaram sem
identificação, portavam duas metralhadoras, oito submetralhadoras, 66 fuzis, 18
revólveres. O julgamento, em 1999, absolveu os três oficiais responsáveis pela
ação, e foi tal o escândalo que o julgamento foi suspenso, foi anulado pelo
Tribunal de Justiça do Pará; o juiz responsável renunciou e, quando o Tribunal
buscou selecionar um novo juiz, 17 dos 18 juizes da Comarca de Belém se
manifestaram suspeitos por sua simpatia com os policiais e sua aversão aos
sem-terra, mostrando o caráter de classe da Justiça, pelo menos no Estado do
Pará. Até hoje não existe julgamento, e a morte dos 19 sem-terra, em Eldorado
do Pará, continua sem qualquer julgamento.
Nós queríamos também, para finalizar,
fazer uma rápida referência desta tribuna ao nosso Projeto de Meia-Entrada para
estudantes de 1º, 2º e 3º Graus nos cinemas, nos teatros, nos espetáculos
musicais e circenses. Este Projeto já está em fase final de tramitação na Casa,
já possui Parecer da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, todos por unanimidade; teremos o
Parecer do Ver. Ervino Besson, da Comissão de Direitos Humanos, que me adianta
ser favorável, que será votado amanhã, e nós pediremos em seguida a vinda para
o plenário. A maioria dos que aqui estão, no período da sua juventude, como
estudantes, tiveram a possibilidade de desfrutar da meia-entrada, que terminou
com o regime militar e até hoje não voltou. Pretendemos com este Projeto,
novamente, que o estudante tenha essa possibilidade e que seja uma contribuição
para a sua formação inclusive intelectual.
Concluo dizendo que nesse domingo a União
Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul, a UEE, lançou no Parque da
Redenção a campanha pela Lei da Meia-Entrada. Estão lutando por uma lei em
nível estadual, mas Porto Alegre terá a possibilidade por intermédio do nosso
Projeto de, mais uma vez, mostrar que está na vanguarda dos Parlamentos municipais,
votando e aprovando, tenho certeza que por unanimidade, isso que sempre foi um
direito dos estudantes do nosso País, do nosso Estado e da nossa Cidade. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
(Manifestações das galerias.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Pedro Américo
Leal está com a palavra para um Requerimento.
O
SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Desejo destacar aqui, Ver. Raul Carrion,
estou falando, que hoje é o Dia do Exército Brasileiro, dia 19 de abril. Eu me
pronunciarei na quinta-feira a esse respeito, mas quero dizer a V. Exª, aliás o
encontrei dentro do 3º RC, do Regimento Osório, mais conhecido, ali do lado da
Igreja onde cultuamos São Jorge, porque V. Exª estava lá e o Exército
Brasileiro hoje fez uma grande comemoração para a sua tropa. Eu estou falando sobre o Dia do
Exército. De modo que quero deixar aqui realçada a imponência e a importância
do Dia do Exército Brasileiro, da Batalha dos Guararapes, onde nós cultivamos e
cultuamos tudo isso que é a nossa força máxima de brasilidade.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Consigno, Ver. Pedro
Américo Leal - nem poderia ser diferente -, o Requerimento e anuncio que V. Exª
se manifestará, na próxima quinta-feira, sobre o Dia do Exército que se
comemora hoje, dia 19 de abril.
Hoje uma grande solenidade marcou as
comemorações do Dia do Exército no Regimento Osório da Cavalaria. Tivemos a
oportunidade, também, lá de estarmos presentes em nome da Casa e de todos os
Srs. Vereadores.
O Ver. Beto Moesch está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, realmente, hoje temos várias comemorações: Dia do
Exército, Dia do Índio, a quem nós devemos tanto, visto o genocídio que não só
o Brasil fez, mas o mundo como um todo. Nós devemos muito a essa população, e
hoje as principais pesquisas de remédios, de cosméticos vindos da natureza
provêm dos índios. Portanto, a nossa homenagem, também, aos índios.
Completa sessenta anos, Ver. Pedro
Américo Leal, o Hospital de Pronto Socorro, esta instituição que orgulha Porto
Alegre, que desde que foi criada sempre deu atendimento com a maior qualidade,
com a emergência que sempre teve de ter para a sociedade como um todo. Quem não
foi já ao Hospital de Pronto Socorro? Quem é que não foi? Quem, ao menos, não
foi socorrido ou teve que levar alguém para ser socorrido no Hospital de Pronto
Socorro? Nossa homenagem, portanto, também a essa extraordinária instituição
que faz escola mundo afora.
O Ver. Luiz Braz trouxe à tribuna um tema
da mais relevante importância que é o lixo, o lixo que nós geramos. Porto
Alegre gera mil toneladas/dia de lixo domiciliar, uma média de um quilo de
lixo, por dia, por habitante. Causou-nos surpresa, sim - e a Comissão de
Constituição e Justiça realizou uma Audiência Pública nesse sentido -, o fato
de a Prefeitura querer mudar a forma de recolhimento de lixo em quatro bairros
sem discutir com a Câmara de Vereadores. Mas que Poder é este, então? Está na
Ordem do Dia, em votação, o Código Municipal de Limpeza Urbana, uma alteração
do Poder Executivo. Nós fizemos quatorze Audiências Públicas para colaborar com
o DMLU na gestão dos resíduos, melhoramos o Projeto. Estamos dando aval ao
Projeto, depois da alteração que fizemos. Aliás, Projeto esse que não teve a
participação da sociedade. A Procuradoria do Município não sabia do Projeto de
Alteração do Código Municipal de Limpeza Urbana. Nós tivemos de fazer
alterações jurídicas, não só de mérito, mas mostramos que, acima de tudo, o que
queríamos era a boa gestão dos resíduos sólidos na Cidade de Porto Alegre, para
o bem da qualidade de vida da sociedade porto-alegrense.
Pois, agora, a Câmara de Vereadores fica
sabendo, pela imprensa, de uma alteração no recolhimento de resíduos na Cidade
de Porto Alegre. E não é uma alteração qualquer, é uma forma totalmente
diferenciada. Eu não estou colocando aqui se sou favorável ou contrário ao
Projeto, ele até pode ser bom. Ele tem pontos positivos, inclusive. Não é essa
a questão. Será que a Câmara de Vereadores vai ter que saber pela imprensa algo
que está tramitando, inclusive, aqui, na Câmara de Vereadores, que é o Código
Municipal de Limpeza Urbana, que altera a gestão de resíduos sólidos na Cidade?
Então, fizeram muito bem, na Comissão de
Constituição e Justiça, através dos Vereadores Sebastião Melo e Luiz Braz, de
entrarem com um mandado de segurança. Sim, porque, se o Executivo não nos
respeita, nós temos certeza de que ao menos o Poder Judiciário nos respeita e
nos ouve, assim como o Ministério Público. E esse é o grande problema nesta
Cidade. A grande frustração de quem atua na Câmara de Vereadores não é com a
Câmara de Vereadores, mas é a falta de respeito do Poder Executivo para com
este Poder.
E, aqui, mais um exemplo, uma alteração
total nos hábitos das pessoas. As pessoas não vão mais poder colocar os
resíduos na calçada, terão que levar na outra esquina. Tudo bem, até pode ser
bom isso; volto a dizer que o Projeto em si até pode ser bom, mas vamos
debater, vamos discutir. O Executivo teima em impor as coisas para a sociedade
e para este Poder Legislativo, não é por menos que o Poder Judiciário concedeu
liminar, sim, contra esse Projeto do Executivo, sem ouvir a sociedade mais uma
vez. Mas esta Câmara fez a sua parte, fez Audiência Pública, foi ao Judiciário
e está aí acompanhando o processo. Lamento profundamente, Ver. Carlos Pestana,
nós fomos parceiros do DMLU no Código Municipal de Limpeza Urbana, mas o DMLU
tentou impor uma alteração no recolhimento de lixo na Cidade de Porto Alegre, e
isso é inaceitável. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
Mas hoje preciso, rapidamente, dizer que
participei, Ver. Luiz Braz, do encontro promovido pela Comissão de Constituição
e Justiça que ouviu o Diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, que
nos surpreendeu. Eu não vou entrar na questão que está sendo examinada pelo
Ver. Luiz Braz e pelo Ver. Sebastião Melo, vou ater-me a uma mudança radical
que se pretende fazer em Porto Alegre na questão do recolhimento do lixo. Eu
até indaguei ao Diretor do DMLU: “Mas, vejam, um serviço que está bem, que está
dando certo, de repente se muda radicalmente, em nome do quê? Para que e com
que finalidades se faz isso?” Em linhas gerais pretende o DMLU mudar totalmente
o modelo de recolhimento do lixo da Cidade de Porto Alegre com a aquisição de
caminhões basculantes - laterais - e colocar nas ruas e avenidas da Cidade
contêineres, e eu ponderei ao Diretor do DMLU: “Mas, veja, os contêineres de
obras prestam serviço, é bem verdade, mas criam problemas ao trânsito, agora,
com mais contêineres nas ruas, os moradores terão que se deslocar até os
contêineres, caminhando 50 metros, 20 metros!” Ponderou o Diretor do DMLU que
isso contribuirá para a limpeza pública, porque muito lixo vai para a sarjeta e
para o esgoto sanitário. Bom, isso aí continuará, isso é um fato comum ao
modelo.
Então, a questão não se alterará, porque
a população continua a mesma, então é um argumento que não resiste a um debate,
a uma análise. Se a questão é que o lixo entope o esgoto sanitário, continuará
fazendo com mais razão - com mais razão, veja, Ver. Luiz Braz -, porque as
pessoas terão de sair das suas casas com o saquinho, que elas colocam, hoje,
naquele cesto, na frente da casa, e terão de levar lá no contêiner, a 50
metros, 20 metros. Então, trata-se de uma mudança radical num serviço que tem
dado certo!
E tem mais: eu quero que me provem que
esse modelo não desemprega; esse modelo, Ver. Luiz Braz e Ver. Sebastião Melo,
desemprega, é uma tecnologia avançada, porque ele retira o gari, sim, porque é
todo um processo mecânico, mais mecânico do que humano. Para onde é que irão
muitos e muitos dos garis? É uma questão que fica. Eu acho que nós tínhamos, antes
de entrar na questão jurídica que está sendo debatida, de examinar a mudança de
modelo. O modelo atual do DMLU está dando certo, para que mudar? Essa é a
pergunta: para que mudar o modelo? Essa é a indagação que fica e nos deixa,
vamos dizer assim, preocupados. Vamos entrar em final de Governo, etc. e tal,
mas está-se mudando o modelo que deu certo e que está bem para um modelo que a
população sequer sabe como vai ser; a Casa sequer debateu a entrega do lixo lá
nos contêineres, tendo o morador que se deslocar 20 metros, 50 metros.
Portanto, fica a nossa manifestação para dizer que estranhamos a alteração de
modelo na captação do lixo na Cidade de Porto Alegre. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, colegas Vereadoras e
colegas Vereadores, quero, inicialmente, colocar duas preliminares, Ver.
Cássia, Ver. Sebenelo e Ver. Isaac. Todos nós, diariamente, andamos pela
Cidade, e, hoje, falei com o Ver. Carlos Pestana, que é Líder da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, que alguns Vereadores do PT, desta Casa, estão
indevidamente colocando nos muros clandestinos: "Este local é reservado
para propaganda de ‘x’
candidato". Quero dizer que isso é abuso de poder! Eu já mandei fotografar
todos os locais e faço um apelo aqui à Bancada do PT para resolvermos isso
administrativamente. É vergonhoso o que está acontecendo na Cidade,
especialmente, de uma Vereadora desta Casa. De Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Isso é abuso de poder econômico! Ou vão apagar esses muros ou senão vão ter de
apresentar na Justiça todas as autorizações que não têm, senão eu vou dizer:
estão usando a máquina pública, indevidamente, e isso não vai ficar assim!
(Palmas.)
Em segundo lugar, em preliminar de
discussão, Ver. Isaac Ainhorn, é que nós temos de fazer aqui uma frente de
oposição e dar um basta a essas propagandas da Prefeitura, a qual não tem
dinheiro para pagar a bimestralidade. Mas eu nunca vi tanta propaganda da
Prefeitura! (Palmas.) Meu Deus do céu! Em relação à propaganda subliminar que
estão colocando do Projeto Sócio Ambiental, parece que vão tratar 50% do esgoto
este ano. Isso é mentiroso! Isso é criminoso! (Palmas.) Porto Alegre tem apenas
vinte e poucos por cento do esgoto tratado, e estão colocando na mídia, em ano
eleitoral, que não retiram os dejetos que estão aqui na beira do Guaíba, porque
não têm dinheiro, mas têm dinheiro para pagar propaganda! (Palmas.) Cá para
nós, tem de dar um basta neste Governo! O dinheiro é da população! (Palmas.)
Eu quero entrar, Ver. Luiz Braz, nessa
questão da mecanização do recolhimento do lixo sobre dois fundamentos.
Primeiro, a pergunta que há de se fazer é a seguinte: para quem está no poder há
15 anos é oportuno fazer uma concorrência para mecanizar o lixo, no último ano
de eleição, envolvendo 12 milhões de reais para que o outro administrador vá
pagar? Isso é correto? Essa é a pergunta. Em segundo lugar, esta Casa não pode
assistir a uma transação dessa envergadura, porque, no mínimo - se ela fosse
feita -, teria de ter autorização legislativa! E foi para isso que nós fomos à
Justiça, fomos dizer que esta Casa quer discutir, Ver. Cássia Carpes. A Lei de
Responsabilidade Fiscal e a Lei Orgânica... No mínimo, é uma transposição de
verba, Ver. Ervino Besson. E, se é transposição, Ver. João Antonio Dib, V. Exª,
que foi Prefeito, sabe que não podem fazer sem autorização legislativa!
Olha, o Governo Municipal gosta de
consultar a população para discutir dois ou dez metros de asfalto, mas quando é
uma discussão envolvendo dinheiro, propaganda, licitação, lixo, aí a população
não pode ser ouvida! (Palmas.)
O Sr. Tarso Genro - só para refrescar a
memória daqueles que, talvez, possam estar esquecidos - teve as contas
rejeitadas quando concorreu à Prefeitura, porque recebeu 150 mil reais da
Empresa Cores, que recolhe o lixo de Porto Alegre! O Tribunal de Contas está
mandando o ex-Diretor devolver um bom dinheiro, porque ele contratava
emergencialmente, sem concorrência, de forma deliberada, a preço muito mais
alto! Então, essa gente tem um histórico muito ruim na área do lixo! Esse fato
não é isolado! Ver. Dib, naquela época, V. Exª era Vereador desta Casa,
compraram um incinerador, mandaram pagar e nunca usaram. Então, eu poderia
dizer que os contratos emergenciais, o incinerador, a questão de doação de
campanha mostram um envolvimento enorme do Poder Público com o setor de
resíduos sólidos. Eu quero dizer, Ver. Ervino Besson e demais Vereadores, que
há muita truta debaixo desse lixo que precisa ser desvendada. Que bom que o
Judiciário deu um tranco, que disse: “Não, parem!”
Eu vou na linha do Ver. Beto Moesch; não
vou entrar no mérito, se é bom ou se é ruim, mas vou entrar na oportunidade.
Por isso, acho que agiu correto o Judiciário, dizendo: “Não, a Câmara tem de
discutir, a sociedade tem de discutir, o cidadão não pode ir para o CTG apenas
para discutir o asfalto, mas tem de discutir o todo da Cidade.”
Por isso, Srª Presidenta, eu quero
encerrar dizendo, Ver. Luiz Braz, que, para mim, não é nenhuma novidade o que
aconteceu nessa licitação, porque nós conhecemos as figuras, nós sabemos que
eles têm um discurso de transparência, mas, na verdade, têm feito muita coisa
com falta de transparência. O que acontece lá e aqui, para nós que vimos da
velha militância, não há nenhuma novidade, porque o PT é mesmo assim: ele
discursa para os pequenos, mas gosta mesmo é de governar para os grandes, para
os empresários, para os banqueiros e em parceria com o empresariado. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sr.as
Vereadoras e Srs. Vereadores, quero dizer, preliminarmente, que relutei antes
de fazer esta intervenção, mas, considerando que alguns Vereadores já se
pronunciaram, aqui desta tribuna, sobre a data de hoje e as atividades alusivas
aos índios brasileiros, eu achei importante que pudéssemos fazer algumas
reflexões sobre esta data, ainda que muito rápidas pelo tempo de que dispomos.
É extremamente desestimulante
acompanharmos a evolução das políticas públicas deste País, ao longo dos
últimos séculos, em relação às populações indígenas, aos primeiros moradores
brasileiros. Hoje, pelas políticas de extermínio, de confronto, de exclusão
econômica, de contaminação, de luta pela terra, existem apenas 180 grupos
étnicos de indígenas brasileiros. E normalmente, quando se fala da questão
indígena aqui desta tribuna, parece que se fala de um tema extremamente
distante das nossas preocupações, e, mais do que isso, das nossas
responsabilidades como Parlamento, porque nós falamos das disputas dos
diamantes das fronteiras norte do Brasil, da questão da biodiversidade, das
questões da fronteira nacional. Porém o nosso Estado e o nosso Município também
têm uma enorme responsabilidade frente à miséria em que vivem os índios gaúchos
e os índios que saíram das suas reservas e que hoje ocupam as áreas de
periferia da nossa Cidade.
A ausência de uma política pública de
respeito à diversidade, de garantia da cultura, de reassentamento, de
recolocação nas suas terras nativas e a falta de uma política social que
contemple essa realidade de miséria que vive as populações indígenas do nosso
Município tem que nos fazer trazer a esta Casa o debate, não apenas como uma
questão longínqua das regiões distantes brasileiras, mas temos a
responsabilidade de tratar o contingente indígena, que, por não mais estar nas
suas aldeias, não mais ser portador da sua cultura originária, parece que não
tem mais o direito de resgatar a sua história, de preservar os túmulos dos seus
ancestrais e de ocupar as áreas asseguradas pela Constituição Brasileira de
1988, que lhes pertencem por direito.
Eu acho que a discussão que se vivencia
sobre a questão do Morro do Osso e a forma extremamente violenta como foram
expulsos os índios do Morro do Osso esta semana, em Porto Alegre, nos remete
também a uma discussão na área dos direitos humanos das populações indígenas do
nosso Município. Essa questão se coloca hoje como uma contradição entre os que
defendem as populações indígenas e os que defendem a questão ambiental, como se
fossem coisas separadas, mas não é, na verdade é o resultado da omissão de uma
política pública e também da ausência de um debate político nesta Casa sobre os
direitos desses porto-alegrenses originários desta terra. Hoje talvez eles
componham a parcela da população com menos acesso às políticas públicas na área
social e na educação, que são exatamente os índios que andam desgarrados das
ruas, ou em situação de mendicância, ou em situação de extrema carência,
tentando vender seus produtos, sem nenhuma política de garantia da sua
sobrevivência.
Então, eu acho que, neste dia, seria
importante que pudéssemos resgatar a responsabilidade de todos nós, os
políticos, os não-políticos, os cidadãos de Porto Alegre para com aqueles que
foram e são ainda os habitantes desta Cidade. (Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Verª Clênia
Maranhão.
O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, neste sábado tivemos a oportunidade de discutir,
em nível partidário, um diagnóstico do Município de Porto Alegre. Como já é
sabido por parte da população, o PSB vai concorrer em faixa própria, tendo como
candidato o Deputado Federal Beto Albuquerque, e, nesse diagnóstico, tivemos
algumas questões para discutir, e o PSB tem como slogan: “O PSB sabe o que para fazer”. E é em cima disso que nós
queremos discutir com a população de Porto Alegre algumas questões que
detectamos como fundamentais para ampliação. Uma delas é discutir a questão do
déficit habitacional. A outra questão é discutir a situação das crianças de rua
no Município de Porto Alegre.
Entendemos também que um assunto que tem
sido muito decantado, mas que nós temos de enfrentar, é a questão do metrô de
Porto Alegre. É importante salientar que Porto Alegre é uma das poucas cidades
do Brasil que consegue hoje ter condições de obter recursos internacionais para
fazer obras. E são poucas as cidades do nosso País que conseguem isso.
Porto Alegre tem uma grande capacidade de
endividamento e hoje tem um débito de 30% do Orçamento, aproximadamente 400
milhões de reais. Então, ainda há condições de obter muitos recursos em nível
internacional e, baseados nisso, queremos discutir com a população de que forma
vamos minimizar a questão do déficit habitacional, atuar na questão do
saneamento básico e ter um contato maior da Cidade com o rio Guaíba. Nós
queremos discutir com a população da Cidade a questão da ampliação das creches
comunitárias, porque, hoje, em Porto Alegre, 8 mil e 593 crianças são
atendidas, mas sabemos da dificuldade - principalmente da população mais
carente, da periferia, que ainda hoje existe - em que milhares de crianças
ainda não são atendidas e queremos ver de que forma devemos incluí-las. Também
queremos discutir, em relação às pessoas com necessidades especiais, uma
questão importante, pois, quando fazem 21 anos, são alijadas do processo e as
famílias não têm como suportar o fardo de ficar todo o tempo com elas, porque o
pai, a mãe, precisam trabalhar. Então, entendemos que não podemos selecionar as
pessoas portadoras de necessidades especiais por idade cronológica. E, em cima
disso, nós começamos a fazer um raio X e esse nos apontou algumas coisas. Por
exemplo: em 1988, Porto Alegre tinha uma carência de 690 km de pavimentação;
foram pavimentados 300 Km, mas ainda faltam 390 Km de ruas pavimentadas. Em
1989, 2% do esgoto era tratado; hoje chega a 27%. Com o Projeto Sócio Ambiental
chegará a 77% de esgoto tratado. Queremos também discutir a questão da Saúde,
que conta com 14 SAMUs, 164 Unidades de Saúde. Já falamos a respeito das
creches comunitárias, mas devemos ampliá-las e readequá-las. De 1989 a 2003,
foram feitos 700 km de rede esgoto. De 1973 até 1989, foram construídas 7 mil e
400 casas no Município de Porto Alegre; de 1989 até 2003, 12 mil residências.
Ainda temos um déficit de 80 mil casas - gostaria, Ver. João Antonio Dib, que
V. Exª contestasse - e queremos discutir políticas públicas. É baseado nisso
que o PSB está analisando também a saúde financeira do Município, porque -
volto a dizer - o PSB vai ter candidato à Prefeitura de Porto Alegre, com o
Deputado Federal Beto Albuquerque. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª
Presidenta, colegas Vereadores, pessoas que nos acompanham, neste tempo de
Comunicação de Líder quero comentar primeiro a fala da Verª Clênia Maranhão,
pois, mesmo discordando dela, sempre reconheço a qualidade do conteúdo do que
aqui apresenta. Quero dizer que nós temos, sim, uma política para os
agrupamentos indígenas; basta ver que nós temos, na região da Lomba do
Pinheiro, na Rua Dolores Duran, um assentamento e, na Estrada João de Oliveira
Remião, mais adiante, outro assentamento de indígenas, os quais têm todo o
acompanhamento da Prefeitura no que diz respeito às condições do local, têm
acompanhamento sanitário e assim por diante. Portanto, há uma política. Nós
ficamos, na questão do Morro do Osso, numa situação muito delicada. Não houve
violência; ao contrário, o aparato da Prefeitura foi para levar as pessoas para
locais que eles mesmos escolheram. E aquele é um local de preservação
ambiental, um local onde hoje um parque se estabelece, se constrói, numa região
muito importante da nossa Cidade.
Com relação a um outro tema, trazido aqui
pelo Ver. Luiz Braz e pelo Ver. Sebastião Melo, nós queremos dizer, em primeiro
lugar, para que não passe julgamento, porque a liminar - embora isso não tenha
sido explicitamente dito - não foi conseguida pelos Vereadores, foi uma empresa
que pretende disputar esse processo que ganhou essa liminar. Nós estamos
trabalhando, evidentemente, para tentar derrubá-la, porque achamos que a
argumentação da juíza, embora pudesse ser uma argumentação, digamos,
nacionalista, não tem nenhuma base legal para isso.
Depois - acho que os Vereadores ou não
lembram ou não quiseram dizer -, no Plano Plurianual, portanto aprovado por
esta Casa no ano de 2001, foi colocada a possibilidade do recolhimento dos
resíduos sólidos da nossa Cidade. Já estava escrito lá, no ano de 2001, o
processo de utilização de contêineres para o recolhimento do lixo da nossa
Cidade, que é um processo avançado, sim, que vai evitar uma série de problemas,
vai evitar o trabalho penoso de uma série de pessoas e abrir a possibilidade de
outras vagas de trabalho, com qualidade superior. Registre-se que, em vários
outros países da Europa e outros locais do mundo, já existe esse procedimento.
Não seria, portanto, uma invenção de Porto Alegre.
O Ver. Sebastião Melo, com certeza, é
craque em fazer uma série de acusações sem qualquer prova e jogando penas ao
ar. Uma acusação que ele faz é que nós discursamos para os pequenos e
trabalhamos com os grandes. A crítica que a gente recebe cotidianamente é que
nós não gostamos dos empresários, é que nós expulsamos as empresas. Quer dizer,
não há justificativa! Que o Prefeito Tarso Genro teve a sua conta impugnada?
Não, nós não conhecemos isso. Tanto é assim que, quanto a essa empresa citada,
quando houve uma outra licitação, ganhou a empresa PRT. Quer dizer, se houvesse
algum tipo de acordo feito, como é que ganharia uma outra empresa? A realidade
não sustenta isso. Todo o processo do Orçamento Participativo, além de discutir
os 50 metros ou 100 metros da pavimentação, discute, sim, o Orçamento como um
todo, não só os 50 metros de asfalto.
Agora, de fato, eu acho que há Vereador
que não sabe ler Orçamento. Eu tenho um panfleto do Ver. Sebastião Melo
guardado comigo, que ele distribuiu, criticando a Prefeitura, dizendo que
faltava dinheiro para as creches e que no Orçamento da Prefeitura haveria 50
mil reais - da SMOV, inclusive - para comprar obras de arte, Ver. Luiz Braz!
Quando obra de arte, nós sabemos, são as pontes, são os viadutos, são os
túneis! Era dinheiro para recuperar essas estruturas, e foi lido como se nós
estivéssemos querendo comprar obras de arte - a SMOV, vejam só! - enquanto
faltava verba para as creches.
Então, nós estamos abertos para esse
debate. Não podemos ficar parados no tempo, nós queremos sempre avançar,
porque, senão, vamos voltar a um tempo em que o lixo era recolhido de carroça,
em que o esgoto era recolhido em tambos. Não é possível, nós temos de avançar,
porque isso vai significar melhor serviço para a Cidade e vai significar
inclusive menos trabalho penoso para uma série de pessoas.
Então, essa é a explicação, e estamos
trabalhando para derrubar a liminar, porque essa licitação é boa para a Cidade.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito silêncio.
Não há mais Vereadores e Vereadoras
inscritos para Comunicação de Líder.
Havendo quórum, passamos à
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Srª Presidenta, V. Exª
poderia socializar? Já foi aprovado o Requerimento? Quais os Projetos que vão
ser votados?
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não foi aprovado o
Requerimento, só foram aprovadas as Atas.
Eu consulto as Lideranças: existe algum
acordo de votação? (Pausa.)
O Ver. Beto Moesch é o novo Líder das
Oposições.
O
SR. BETO MOESCH (Requerimento): Srª Presidenta, a
ordem é a seguinte: PELO nº 002/03, PLL nº 452/03, PLL nº 439/03, PLE nº
048/03, PLL nº 413/03, PLL nº 426/03, PLL nº 434/03, PLL nº 404/03, vamos pular
o PLE nº 034/03, que fica para quinta-feira, e passamos, então, ao PLL nº
193/03, PLL nº 367/03, PLE nº 006/03, PR nº 043/04, PLE nº 005/04. Nós só
pulamos o PLE nº 034/03, que vamos deixar para quinta-feira, vamos dar uma
analisada ainda no Projeto e, após, poderíamos falar nos Requerimentos, que
também já estão acordados. Primeiro os Projetos, depois os Requerimentos.
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, eu
pediria um minuto, gostaria de ter as informações de quais os Projetos, não
consegui anotar para acompanhar a votação, sob pena de... E, aliás, eu faria o
seguinte Requerimento, Ver. Beto Moesch, para facilitar a nossa vida: que
distribuíssem com antecedência esses acordos para analisarmos. Está bem?
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos,
conforme solicitação do Ver. Sebastião Melo.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h58min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h): Estão
reabertos os trabalhos.
Atenção, Vereadores e Vereadoras, o Ver.
Beto Moesch apresentou uma proposta de votação que agora eu coloco em votação.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Beto Moesch. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO com um
voto contra.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
1.º
TURNO
PROC. 4506/03 –
PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 002/03, de autoria da
Mesa Diretora e Lideranças, que dá nova redação ao inciso V do art. 57 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre. (prestação contas) Com Emenda n.º 01.
Parecer:
- da Comissão
Especial. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto; pela rejeição
da Emenda n.º 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os
turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 22-03-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PELO nº
002/03. (Pausa.)
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Prestação de contas. É
isso? Da Mesa Diretora? (Pausa.) Não, mas é do Prefeito?
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Mas é uma exigência da
CEFOR que passe pelo Plenário.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Eu vou discutir a matéria, espera aí!
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Vai encaminhar, Vereador?
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Não, encaminhar não, vou discutir a
matéria.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): É encaminhamento.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Não.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação, votação
nominal... Para encaminhar, Ver. Sebastião Melo, o senhor tem a inscrição
assegurada.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, eu quero me socorrer...
Eu consultei o Ver. Carlos Pestana e ele disse que não se tratava das contas do
Prefeito. Então, eu acho que não está correto, Ver. Pestana, tratar essas
questões dessa forma, senão nós vamos... Essa é uma matéria que precisa ser
mais aprofundada, há problemas nessas contas. Eu faço um apelo a V. Exª, pela
nossa boa relação, de pedir a retirada e o adiamento dessa matéria por uma ou
duas Sessões para que a gente a discuta.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero informar ao Ver.
Sebastião Melo que não se trata das contas do Prefeito, é uma alteração da Lei
Orgânica. Já houve três Sessões de discussão, por isso hoje nós vamos direto
para a votação e os Vereadores se inscrevem para encaminhar.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sim, Presidenta. Não se trata de
julgamento das contas do Prefeito, trata-se de alteração de Lei Orgânica a
fim... Olha, eu só acho que não vou discutir o que não li. Correto? Eu só acho
que não ficam bem essas questões montadas, eu acho que isso serve de exemplo,
Ver. Pestana, Ver. Beto Moesch, acho que essas questões precisam ser melhor
encaminhadas, sob pena de perdermos a qualidade do debate. Eu não vou debater o
que não li. Agora, a verdade é que, se fosse sobre a conta do Prefeito, essa,
sim, eu li, tem restrições. Agora, fica difícil, eu vou me abster, vou votar
contra, porque não tenho condições de votar aquilo que, efetivamente... Então,
eu vou ficar por aqui.
O
SR. CARLOS PESTANA: Presidenta Margarete Moraes, Ver.
Sebastião Melo, só vou ler rapidamente o que nós estamos tratando aqui para não
passar para os demais Vereadores que nós estamos informando uma situação e essa
ser outra. É um Projeto de Emenda à Lei Orgânica que tem, fundamentalmente,
dois artigos. (Lê.) “Artigo 1º: o inciso V do art. 57 da Lei Orgânica Municipal
de Porto Alegre passa a vigorar com a seguinte redação: ‘Julgar anualmente as
contas prestadas pelo Prefeito’. Art. 2º: esta Emenda à Lei Orgânica entra em
vigor a partir da data da sua publicação”. É só disso que nós estamos tratando
nesta questão. Então, não tem nada referente, volto a dizer, Ver. Sebastião
Melo, para a sua tranqüilidade, em nome da nossa transparência aqui nas
relações, não tem nada que trate sobre a questão da prestação de contas dos
Prefeitos Tarso Genro e Raul Pont.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Isaac Ainhorn
está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 002/03.
O
SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, esta é
uma das poucas e raras vezes que eu compareço aqui nesta tribuna para concordar
com o Líder da Bancada do PT, finalmente consegui, Vereador, porque tem um
nível de razoabilidade a colocação feita de que chegam duas prestações de
contas, os mesmos documentos repetem-se no encaminhamento ao Tribunal de
Contas. E o que busca essa Resolução é justamente corrigir essa distorção
burocrática.
Portanto, sinceramente, Ver. Sebastião, a
Diretoria Legislativa me alerta... E não julgar as próprias contas da Câmara
seria, Ver. Besson, que está na cadeira maior, uma incongruência.
Então, finalmente consigo chegar aqui para votar
favoravelmente uma posição que vem sendo sustentada também pelo PT. Aqui chegam
absurdos vindos do Executivo que, muitas vezes, temos de corrigir, melhorar,
porque parece, às vezes, que não há assessoria legislativa lá, de tanto absurdo
que chega aqui e que somos obrigados a corrigir.
A meu juízo, o que acontece é que alguns
já cansaram de ser Situação; aliás, o PT é melhor, justiça seja feita, na
Oposição, porque, no Governo, é um Deus nos acuda! (Palmas.) Foi no Governo do
Estado... Cansaram de administrar em Porto Alegre e, no Governo da União, nem
se fala!
Vou votar favoravelmente e apelo aos meus
Pares neste sentido, que acompanhem a matéria, que tem a assinatura da antiga
Mesa Diretora - se fosse da atual até seria mais fácil -, uma Mesa tranqüila, e
assinado também pelas Lideranças partidárias. Encaminho, portanto,
favoravelmente, Ver. Luiz Braz, e acho que dá para votar essa matéria, Ver.
Wilton Araújo. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito ao Sr. 2º
Secretário, Ver. Ervino Besson, que proceda à leitura do PELO nº 002/03.
O
SR. 2º SECRETÁRIO (Ervino Besson): Atenção, Srs. Vereadores
e Sras. Vereadoras, vou ler a Exposição de Motivos do PELO nº 002/03 (Lê.): “A
Mesa Diretora e o Colégio de Líderes apresentam para apreciação do Egrégio
Plenário desta Casa, atendendo sugestão da Comissão de Economia, Finanças e
Orçamento e do MERCOSUL - CEFOR, Projeto de Emenda dando nova redação ao inciso
V do art. 57 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. A alteração proposta
visa promover adequação na Lei Orgânica em virtude de mudança ocorrida no
processo de julgamento das Contas das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais,
tendo em vista decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em 23 de abril de
1999, dado o entendimento de que a competência para o julgamento destas contas
é do Tribunal de Contas do Estado. Assim sendo, faz-se indispensável a
atualização da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, no sentido de retirar
do inciso V do art. 57 a competência da Comissão de Economia, Finanças e
Orçamento e do MERCOSUL para o julgamento das referidas contas. Cumpre
ressaltar que a adequação proposta também está sendo prevista na reforma do
Regimento, em tramitação. Certos do acolhimento da proposta, aguardamos pronta
manifestação do Egrégio Plenário. Sala das Sessões, 2 de setembro de 2003.” Com
assinatura de todos os Líderes das Bancadas e também do Presidente desta Casa,
naquela época, Ver. João Antonio Dib.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 002/03.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, eu gostaria de esclarecer ao Plenário que o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica é oriundo da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes e foi encaminhado
no ano passado, em 2003. Por quê? Porque a Lei Orgânica do Município diz que
esta Câmara tem de julgar anualmente as contas do Prefeito e da Mesa Diretora.
Acontece que as contas da Mesa Diretora vão junto com as contas do Executivo
para Parecer do Tribunal de Contas. Esse Tribunal dá o Parecer contrário ou
favorável ao julgamento, isto sim, pela Câmara de Vereadores. Então, o que se
propõe? Propõe-se que se retire da Lei Orgânica a expressão “Mesa Diretora”. E,
aí, o ilustre Ver. Darci Campani fez uma Emenda retirando a palavra
“anualmente”. Por que ele retirou o “anualmente”? Porque o Tribunal de Contas
do Estado do Rio Grande do Sul analisa as contas e, muitas vezes, atrasa o seu
Parecer.
Vejam, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, estão na Ordem do Dia, hoje, dois Projetos de Decreto-Legislativo
que apreciam as contas do Executivo e da Mesa Diretora. Um é de 1996, ou seja,
são praticamente sete anos, oito anos de atraso. Então, não vem anualmente. O
outro Projeto julga as contas de 1998; as de 1997 nós já julgamos aqui nesta
Casa.
Portanto, eu peço que aprovem o Projeto e
aprovem a Emenda do Ver. Darci Campani que está correta; retira a palavra
“anualmente”, porque nem sempre todos os anos nós recebemos do Tribunal de
Contas o Parecer favorável ou contrário ao nosso julgamento. E eu queria deixar
bem claro que quem julga as contas do Município é a Câmara de Vereadores. O
Tribunal apenas dá Parecer favorável à aprovação ou desfavorável à aprovação.
Então, este Projeto que está para ser votado é uma alteração da Lei Orgânica,
que é adequada e merece a aprovação dos Srs. Vereadores e das Sras. Vereadoras.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal o
PELO nº 002/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
Em votação nominal a Emenda nº 01 ao PELO
nº 002/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 24 votos SIM
e 02 votos NÃO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 6265/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 452/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Emilio Müller um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim Lindóia.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em
07-04-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 452/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
pela unanimidade dos presentes.
O
SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Srª Presidente,
gostaria de requerer que fosse votado, já que é um Projeto consensual, o PLL nº
384/03, de autoria deste Vereador, que declara de utilidade pública o Veteran
Car Club do Brasil - Clube dos Automóveis Antigos do Rio Grande do Sul.
Solicito que seja submetido à votação como prioridade, por favor.
O
SR. CARLOS PESTANA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; eu
sugiro que, após a votação que foi acordada, nós possamos estudar a
possibilidade proposta pelo Ver. Isaac Ainhorn.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Pois não, Ver. Isaac
Ainhorn, eu proponho que depois de nós analisarmos os Projetos que foram
acordados para votação possamos analisar esse Projeto.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 6035/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 439/03, de autoria do
Ver. Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Dr. Rubem Rodrigues um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
439/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 6243/03 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 048/03, que autoriza o
Município de Porto Alegre a doar trinta motocicletas ao Estado do Rio Grande do
Sul, com encargo.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Renato
Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator
Ver. Cláudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº
048/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 5508/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 413/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Luiz Siegmann um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim Lindóia.
Pareceres:
- da
CCJ. Relatora Ver.ª Margarete
Moraes: pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
413/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 5842/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 426/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Leopoldina Vasconcelos Machado um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
426/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 5949/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 434/03, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que denomina Rua Abel Rocha Trilha um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Protásio Alves.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
434/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 5381/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 404/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Enio Berwanger um logradouro público
não-cadastrado, localizado nos Loteamentos Moradas da Hípica e Nova Ipanema
III.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 12-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
404/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 3585/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 193/03, de autoria do
Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Siegfried Gunther Fischer um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim Botânico.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em
07-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
193/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 4977/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 367/03, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Diógenes Sobrosa de Souza um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da
CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
367/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
0818/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 006/03, que
dá nova redação ao art. 2.º da Lei 8.363, de 21 de outubro de 1999. (imóvel
domínio público)
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1.º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem
do Dia em 29-03-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em
discussão o PLE nº 006/03. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir o PLE nº 006/03.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, esta, Ver. Isaac Ainhorn, é uma permuta do Poder
Público com as Máquinas Condor. Eu quero dizer que vou votar contra este
Projeto, porque essa empresa não paga imposto para a Cidade. Eu já votei contra
em outras ocasiões e vou votar contra agora, porque acho que não dá para
transacionar com quem não paga imposto. A maior devedora de IPTU deste
Município, sem dúvida alguma, é essa empresa. Se alguém entende que é legal,
que pode transacionar, eu acho que, no outro campo, nós temos uma posição
diferente.
Eu me lembro de um Projeto que passou por
esta Casa - o Ver. João Bosco lembra disso -, quantas vezes eu coloquei essa
questão; eu acho que não fica bem para a municipalidade, acho que tinha de
haver um critério, Ver. Renato Guimarães, de não transacionar ou fazer permutas
com empresas que devem para o Município. Eu acho que isso não fica bem do ponto
de vista da gestão pública. Portanto, nós achamos que, se há necessidade ou não
há necessidade, eu vou-me apropriar um pouco mais deste assunto neste momento
de discussão aqui do Plenário...
O Sr. Renato Guimarães: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, eu o estou ouvindo e
acho que a questão que V. Exª traz é uma questão de fundo e importante. Porém a
pergunta que fica é se essa é uma postura sua, da sua Bancada ou do seu Partido
político, porque nós estamos falando de relações públicas do Estado. Eu
gostaria de dialogar sobre isso, porque entendo que as necessidades que o
Governo tem - e V. Exª é Governo no Estado do Rio Grande do Sul - muitas vezes
apontam para tratar com pessoas que são devedoras do sistema tributário, que
estão encaminhando, disputando na Justiça a dívida, e que, buenas, recorrem ao Governo, recorrem ao Estado no sentido de fazer
tratativas. É em relação a isso que me preocupa a sua intervenção.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Eu tenho aqui uma proposta bem objetiva:
vamos retirar este Projeto de Pauta e vamos trazer as certidões negativas da
Secretaria da Fazenda e nós vamos continuar a discussão, para que ninguém fale,
aqui, além daquilo que deve falar.
Agora, historicamente, relativamente a
essas questões, eu tenho uma posição. E com muito gosto sou Governo no Estado
do Rio Grande do Sul, e isso não me faz mudar de postura. Eu não sou como o PT,
que, quando está no Governo, tem um discurso e, quando está na Oposição, tem
outro. Não! Não há problema com relação a isso.
O
Sr. Carlos Pestana: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Sebastião Melo, só para informar que, na verdade, isso aqui é
só uma alteração de redação, inclusive passou por três Comissões desta Casa e
as três Comissões aprovaram. Então, não há nenhuma situação pouco clara. Pelo
contrário, as três Comissões aprovaram: a Comissão de Justiça, a CEFOR e a
CUTHAB.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Eu quero dizer que mantenho a nossa
posição - e acho que é a posição do Ver. Haroldo de Souza também, meu
extraordinário colega de Bancada -, e não queremos fazer disso aqui um fogaréu.
Nós temos uma posição: nós achamos que quem não paga a municipalidade, não paga
o Poder Público não pode receber benesses, seja de que Governo for. Portanto,
esta é a nossa posição política relativamente a esta matéria. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito ao Ver.
Ervino Besson, 2º Secretário, que faça a leitura da Exposição de Motivos para
esclarecimento do Plenário.
O
SR. 2º SECRETÁRIO (Ervino Besson): (Lê.) “Sr. Presidente:
solicitando se digne submeter à apreciação desse Poder Legislativo, encaminho a
V. Exª Projeto de Lei que dá nova redação ao art. 2º da Lei 8.363, de 21 de
outubro de 1999. A Lei nº 8.363/99 autoriza a desafetação do uso especial de
imóvel de domínio público municipal e permuta entre passagem de pedestre de
propriedade de Condor - Empreendimentos Imobiliários S. A., para a
relocalização da passagem de pedestres localizada na Quadra 154, com frente
para a Av. Nilo Peçanha. A desafetação e a permuta eram necessárias em face do
maior aproveitamento do solo da região e, ao mesmo tempo, vantajosa para o
Município, porque a área a ser recebida em permuta seria de maior tamanho e,
conseqüentemente, de maior valor. No entanto, tal permuta não pode ser
efetivamente realizada, pois ocorreu um equívoco na descrição do imóvel no art.
2º da Lei nº 8.363/99. Em face do exposto, a nova redação do artigo visa
corrigir a descrição do imóvel para que seja possível a regularização do que
está previsto em lei. São as considerações que faço, ao mesmo tempo em que
submeto o Projeto à apreciação dessa Casa que, tenho certeza, tratará a matéria
com a atenção e a seriedade que lhe são peculiares.”
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra para discutir o PLE nº 006/03.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, apenas para dizer que não há nenhuma benesse sendo feita. Como foi
lido aqui, a permuta inclusive é vantajosa para o Município. Trata-se de uma
questão já encaminhada, que não pôde ser efetivada. Portanto, se há suspeita,
Ver. Haroldo de Souza, deveria verificar se os valores estão de acordo ou não.
E, com essa empresa, é importante
registrar, a Prefeitura mantém uma longa e dura disputa judicial com relação
aos impostos. E não abre mão disso. Isso está mantido sempre. Portanto, longe
de ser benesse, é, de fato, uma questão absolutamente comercial que já foi
examinada por três Comissões desta Casa e é vantajosa para o Município.
O
Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Guilherme Barbosa, a Câmara já aprovou essa permuta. O
que se está fazendo agora é apenas uma alteração na descrição dos imóveis e não
tem significado maior. Por isso que, nas Comissões, todos os que votaram,
votaram favoravelmente..
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Perfeito. V. Exª acho que esclareceu mais
ainda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, o PLE nº 006/03. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 21 votos SIM, 02 NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0156/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 043/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede
o título honorífico de Líder Esportivo a Roberto Costa de Ávila, Mestre Tucano.
Parecer:
- CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 14-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
043/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0561/04 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 005/04, que declara de
utilidade pública a AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 15-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº
005/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. APROVADO.
Eu gostaria de pedir a permanência dos
Vereadores na Casa, porque há o Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn.
O
SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Eu solicitei que,
vencida esta Pauta, se colocasse em discussão o PLL nº 384/03, que declara de
utilidade pública o Veteran Car Club, do Rio Grande do Sul, a entidade que
congrega os carros antigos da Capital.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o
Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn. (Pausa.) Os Vereadores que o provam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 5216/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 384/03, de autoria do
Ver. Isaac Ainhorn, que declara de utilidade pública o Veteran Car Club do
Brasil – Clube dos Automóveis Antigos do Rio Grande do Sul.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes:
pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Darci Campani: pela
aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de
Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 07-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
384/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação (Pausa.) Os Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
A Mesa consulta os Vereadores se nós
podemos passar para os Requerimentos, conforme o acordo feito anteriormente.
(Pausa.) Passamos aos Requerimentos.
O Requerimento s/nº, da COSMAM, que
requer a aprovação da indicação de Maria de Lourdes Borba Bastiani, Assessora
Técnica dessa Comissão, como representante junto ao Conselho Municipal de
Saúde. (Pausa.)
O
SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): A indicação para esse
Conselho é prerrogativa da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. É preciso que
seja referendado?
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): É preciso.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Então, eu antecipo o meu voto favorável,
em homenagem aos integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que são os
responsáveis pela indicação.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o
Requerimento da COSMAM. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento nº 078/04, de
autoria da Mesa Diretora, que requer seja realizada Sessão Solene, no dia
30-04-04, às 11 horas, para homenagear o Dia do Trabalhador. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento nº 057/04, de
autoria da Verª Maria Celeste, que requer que o período de Comunicações da
Sessão do dia 03-05-04 seja destinado a assinalar o transcurso do 50º
aniversário da Escola Municipal Liberato Salzano Vieira da Cunha. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. RENATO GUIMARÃES (Questão de Ordem): Só para fazer um
registro: a homenagem do Requerimento nº 78/04 é ao Dia do Trabalhador - Dia
Internacional dos Trabalhadores, só para ficar registrado corretamente nos
nossos Anais.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estava com problemas
de redação, Ver. Renato Guimarães.
Em votação o Requerimento nº 65/04, de
autoria do Ver. Elias Vidal, que requer que o período de Comunicações da Sessão
do dia 21-06-04 seja destinado a assinalar o transcurso do centenário da Igreja
Adventista do Sétimo Dia no Rio Grande do Sul.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Srª Presidenta, o
Requerimento anterior que nós votamos é dentro da redação que está aqui
estampada e não dentro daquela correção que me parece que foi feita pelo Ver.
Renato Guimarães. Porque eu estou votando um Requerimento que eu estou lendo,
eu não posso votar um texto que não está aqui escrito.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Está certo, Vereador.
Esse Requerimento vem da Mesa Diretora e saiu com esta redação: “dia do
trabalhado”.
O
SR. RENATO GUIMARÃES: Verª Presidente, aqui está: “para
homenagear o dia do trabalhado”. Aqui está escrito isso.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Houve um erro de
digitação, ali há uma letrinha a mais.
Eu vou fazer a leitura, Ver. Luiz Braz
(Lê.): “Requer a Vossa Excelência, com fundamento no art. 2º, a Resolução de
Mesa nº 002/95, que após os trâmites regimentais seja realizada no dia 30 de abril
de 2004, às 11 horas, uma Sessão Solene destinada a homenagear o Dia
Trabalhador”. Obrigada.
Em votação o Requerimento nº 65/04, de
autoria do Ver. Elias Vidal, que requer que o período de Comunicações da Sessão
do dia 21-06-04 seja destinado a assinalar o transcurso do centenário da Igreja
Adventista do Sétimo Dia no Rio Grande do Sul. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
Em votação o Requerimento nº 72/04, de
autoria do Ver. Renato Guimarães, que requer que o período de Grande Expediente
da Sessão do dia 10-05-04 seja destinado a homenagear o Serviço de Saúde
Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO por unanimidade.
Em votação o Requerimento nº 71/04, de
autoria da Verª Sofia Cavedon, que requer seja realizada Sessão Solene, no dia
13-05-04, às 19 horas, para assinalar o transcurso do cinqüentenário da Escola
Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO pela unanimidade dos presentes.
Em votação o Requerimento nº 67/04, de
autoria do Ver. Dr. Goulart, que requer seja destinado o período do Grande
Expediente da Sessão Ordinária do dia 17-05-04 para assinalar o transcurso do
sexto aniversário da Loja Maçônica Obreiros da Arte Real 154. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em votação o Requerimento nº 77/04, de
autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que requer que o período de Comunicações
da Sessão do dia 13-05-04 seja destinado a assinalar o transcurso do 16º
aniversário do Programa Social Educativo de Profissionalização de Adolescentes
- PROSEPA -, da Brigada Militar. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
Ver. João Antonio Dib, nós não votamos o
Requerimento nº 75/04 por acordo entre as Lideranças.
Em votação o Requerimento nº 69/04, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que requer Moção de Solidariedade ao Governo
Brasileiro por sua atitude frente às pressões norte-americanas no sentido de
que nosso País aceite inspeções similares às realizadas no Iraque. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, existe
mais um Requerimento que a Diretora Legislativa vai passar à Mesa agora,
solicito paciência, são 17h49min, é cedo ainda.
Estão suspensos os trabalhos para ver se
há acordo em relação às próximas votações.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h50min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h51min):
Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Beto Moesch, Líder das Oposições,
apresenta um novo Requerimento para votação.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Cláudio Sebenelo, Processo nº 01470/04, Requerimento nº 61, de 18-03-2004. É
uma Ementa. Requer seja convidado o Dr. João Motta, Superintendente do Grupo
Hospitalar Conceição, para expor os motivos que levaram à transferência dos
serviços médicos para o Hospital Fêmina.
Nós estamos votando se aceitamos votar
este Requerimento, é essa a votação.
O
SR. RENATO GUIMARÃES: Srª Presidente, eu só gostaria de um
esclarecimento em relação a este Requerimento. Este Requerimento já tem um
tempo, o Grupo Hospitalar Conceição já esteve nesta Casa, na Comissão de Saúde,
para tratar dessa temática, já trouxe explicações à Casa. Eu gostaria de deixar
esse registro aqui.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação se nós
aceitamos colocar em votação este Requerimento de autoria do Ver. Cláudio
Sebenelo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO com o voto contra
da Verª Maristela Maffei.
Em votação o Requerimento nº 061/04, de
autoria do Ver. Cláudio Sebenelo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com
a abstenção do Ver. Gerson Almeida.
Concluídas as propostas apresentadas
pelas Lideranças da Oposição e da Situação, dou por encerrada a presente
Sessão, convocando todos os Vereadores e Vereadoras para a próxima Sessão
Ordinária, na próxima quinta-feira, às 14 horas.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h53min.)
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